5/20/2011

Salmos 78 - 82

Deus é o pastor de Israel, um povo rebelde e desobediente. Estes Salmos relatam exemplos históricos desde o Egito até o cativeiro babilônico, mostrando como Deus fazia maravilhas e o povo se rebelava. São Salmos que mostram o
arrependimento do povo e a sua dependência de Deus. Os autores perguntam sobre a vingança divina que caiu sobre Israel, e pedem a retribuição contra os inimigos. Pedem proteção, misericórdia e salvação.

Salmo 78 Ensinar o Que Aprendeu dos Pais

Este Salmo é uma lição sobre a fé baseada na história das obras de Deus. Traça a história de Israel, do Egito ao reinado de Salomão, frisando a importância de lembrar das coisas feitas no passado para transmitir aos descendentes a mensagem da grandeza e da fidelidade de Deus. Serve como exemplo instrutivo para os servos de Deus nos dias de hoje. Na sua leitura, preste atenção aos temas de rebeldia, fé (crença) e confiança

1-4 Asafe chama os israelitas a transmitirem as mensagens do passado, falando das maravilhas que Deus fez

5-8 Deus ordenou que os pais ensinassem os seus filhos e confiassem nele, para não repetirem os erros do passado (veja Deuteronômio 6:5-9; Efésios 6:4). O contraste dos versículos 7 (confiança e obediência) e 8 (rebeldia e infidelidade) bem representa o tema deste Salmo

9-11 Os filhos de Efraim são citados como exemplo de rebeldia e falta de fé. Não sabemos se ele tinha em mente aqui uma ocasião específica de covardia e falta de confiança no Senhor, mas sabemos que Efraim, uma das maiores tribos, freqüentemente se opunha aos servos de Deus nas gerações anteriores. Bem antes da divisão do reino, que aconteceu logo após a morte de Salomão, já houve uma certa dissensão em Israel

12-20 Apesar dos sinais que Deus realizou diante o povo de Israel, a nação se mostrou rebelde e obstinada. Estes versículos traçam a história dos sinais e pragas no Egito (12), à divisão do Mar Vermelho (13), ao início da jornada no deserto, em que Deus os guiou e lhes providenciou água (14-16). Mesmo assim, o povo foi rebelde e reclamou sobre tudo que Deus fez, sempre querendo algo mais e alguma coisa melhor (17-20)

21-31 Deus ficou indignado com o povo infiel, mas não deixou de abençoá-lo. Ele lhes deu o maná (24) e os codornizes (27). Mesmo assim, o povo ingrato trouxe sobre si a ira de Deus (30-31)

32-39 O pecado contínuo trouxe a conseqüência de morte sobre o povo. Quando encararam esta conseqüência, voltaram a Deus, mas o arrependimento deles era só da boca para fora. Nestes versículos, Asafe deixa bem claro que o povo não foi fiel, mas que Deus sempre foi misericordioso para com eles, apesar da rebeldia de Israel

40-58 O povo se mostrou rebelde repetidas vezes, apesar de todas as provas do poder e da fidelidade de Deus. Foram infiéis no deserto, esquecendo de todas as obras que Deus realizou no Egito. Aqui ele cita diversas pragas, incluindo a 1ª (44), a 2ª (45), a 4ª (45), a 7ª (47), a 8ª (46) e a 10ª (51). Continua as provas históricas com a divisão do Mar Vermelho (53), os sinais no monte Sinai (54) e a conquista da terra prometida (55). “Ainda assim”, foram rebeldes, desobedientes e idólatras (56-58)

59-64 A longa história de rebeldia por parte de Israel foi motivo dos castigos que Deus trouxe na época dos juízes (59-64). Ele inclui aqui os problemas da época de Eli e Samuel (60-61)

65-72 Deus despertou e salvou o povo novamente. A obra salvadora incluiu a escolha de Judá como a tribo real, de Sião (Jerusalém) e do templo como lugar de adoração, e especificamente de Davi como bondoso pastor de seu povo. Obs.: Pastores, hoje em dia, devem pensar bem no significado dos versículos 71 e 72. Deus exige menos dos homens que pastoreiam seu rebanho hoje?

Salmo 79 O Povo Pede Justiça Depois da Destruição de Jerusalém

Em relação às circunstâncias deste Salmo, leia os comentários de introdução ao Salmo 74 (lição 14). Este Salmo, obviamente, foi escrito depois da destruição de Jerusalém

1-4 A lamentação sobre a destruição de Jerusalém e a morte de muitas pessoas

5-7 O questionamento e pedido de vingança. Estes versículos refletem bem a mesma mensagem que encontramos em Habacuque. O Salmista pede vingança divina, o castigo das nações que vieram contra Israel

8-10 Como outras grandes orações, ele baseia seu pedido no caráter de Deus. O Senhor salvaria o seu povo, não porque Israel merecia a salvação, mas para preservar seu próprio santo nome

11-12 Ele pede tratamento diferente de duas categorias: salvação para os cativos e vingança para as nações

13 Ele encerra com palavras de louvor a Deus

Salmo 80 O Povo Oprimido Pede a Salvação

Este Salmo é um pedido a Deus resumido no refrão dos versículos 3, 7 e 19: “Restaura-nos, ó Deus; faze resplandecer o teu rosto, e seremos salvos”

1-3 A oração é dirigida a Deus, o pastor de Israel, que está entronizado acima dos querubins

4-7 Até quando? O povo pergunta sobre a duração da ira de Deus contra a nação desobediente

8-13 O resumo da história do povo: o êxodo do Egito (8), a conquista da terra prometida (8), a prosperidade do povo na terra (9-11), o castigo pela mão de opressores (12-13). Ele introduz a figura de uma videira plantada por Deus (8)

14-19 Ele encerra o Salmo pedindo que Deus olhe do céu para ver a circunstância triste do povo, e que ele aja para salvar a sua videira, o povo da destra de Deus. O povo promete sua fidelidade se Deus o salvar

Salmo 81 Se o Povo Escutasse!

1-3 Chamada ao louvor, especificamente olhando para a Páscoa (festa comemorada na lua cheia)

4-7 Esta festa tem sua base na ordem de Deus, dada quando ele livrou o povo da escravidão no Egito (Êxodo 11-17). Quando o povo falou, mesmo reclamando contra Deus, ele ouviu e atendeu os seus pedidos

8-11 Mas quando Deus falou, o povo não escutou

12-16 Quando o povo insistiu em andar na rebeldia, Deus o deixou. Por esse motivo, Israel sofria e não recebia o apoio que Deus queria lhe dar. Se o povo fosse obediente, Deus o abençoaria para sempre

Salmo 82 O Deus Justo Julga os Juízes

1 Deus estabelece o seu julgamento no meio dos juízes. A palavra hebraica “elohim” é traduzida freqüentemente “Deus” ou “deuses”. A mesma palavra, porém, é usada, às vezes, para identificar criaturas que o serviam ou o representavam, como “juízes” (veja Êxodo 21:6; 22:8,9). Parece ser o significado neste Salmo. Compare esta mensagem com o Salmo 58

2-4 Ele repreende os juízes por sua injustiça. Era dever deles proteger as vítimas inocentes e castigar os malfeitores. Esses faziam ao contrário. Vários dos profetas condenavam os líderes corruptos de Israel e Judá, repetindo mensagens como essa (veja Isaías 1:23; Jeremias 5:28)

5 Os juízes que não governavam com retidão se mostraram instáveis, ao invés de promoverem a estabilidade do povo (veja Provérbios 29:4)

6-7 Mesmo sendo homens escolhidos para representar o justo Juiz, eram apenas mortais. Jesus citou o versículo 6 para mostrar a injustiça dos judeus que queriam apedrejá-lo (João 10:34)

8 O Salmista termina com um pedido a Deus, o verdadeiro Juiz das nações

Salmos 83 - 89

Deus é bom, justo e poderoso. Somente nele o homem pode encontrar proteção e salvação. Ele estabelece e sustenta os justos e fiéis, e espalha e derruba os perversos e ímpios. Estes Salmos destacam os dois lados da justiça de Deus. Ele defende os inocentes e repreende aqueles que desrespeitam os seus princípios de retidão. “Ó SENHOR dos Exércitos, feliz o homem que em ti confia” (84:12). Para todos, ele oferece a esperança de participar da sua misericórdia e benignidade.

Salmo 83 Pedido de Proteção contra os Inimigos de Israel

1-8 Asafe pede para Deus proteger Israel contra os seus inimigos, citando vários povos vizinhos que queriam destruir os israelitas

9-12 Ele cita várias vitórias que Deus deu aos israelitas no passado e pede que ele derrube, da mesma maneira, esses inimigos. Veja Juízes 7 e 8 (Midiã e os povos do Oriente com seus líderes, Orebe, Zeebe, Zeba e Zalmuna), Juízes 4 (Sísera e Jabim)

13-18 Ele pede a justiça divina contra esses inimigos, para que possam reconhecer a onipotência de Deus (veja Salmo 68:1-2; Daniel 4:32)

Salmo 84 A Felicidade da Comunhão com Deus

1-3 O autor deseja estar na presença de Deus, o único lugar onde encontra repouso para sua alma

4-7 Feliz o homem que goza a comunhão com Deus. No Senhor ele acha força, direção,sustento e bênçãos

8-11 Nestes versículos, o salmista faz um pedido particular, expressando o seu próprio desejo de estar na presença de Deus no santuário. Alguns comentaristas acreditam que este Salmo refira-se ao período em que Davi (o ungido do versículo 9?) se afastou de Jerusalém devido à perseguição por Absalão

12 Feliz o homem que confia no Senhor dos Exércitos
Salmo 85 O Povo Pede Perdão e Misericórdia
Este Salmo fala da restauração do povo depois de sofrer castigo divino por sua iniqüidade. Pode ser que se refira ao povo que voltou a Judá depois do cativeiro na Babilônia (neste casto, combinaria bem com as mensagens de Ageu e Malaquias), ou pode ter um outro contexto histórico. Independente da situação específica, ele mostra a misericórdia de Deus para com seu povo perdoado

1-3 Deus havia restaurado o seu povo, talvez depois de cativeiro em outra terra

4-7 O povo pede, agora, o perdão divino para voltar às bênçãos da comunhão com o Senhor

8-13 Para aqueles que temem a Deus e andam nos caminhos da justiça, ele promete paz, salvação, glória, graça, verdade e justiça e prosperidade
Salmo 86 Súplica de um Servo Fiel
1-7 Na sua aflição, Davi implora a Deus. Ele se apresenta como um servo fiel, mas aflito, que confia no Senhor para ouvir e responder à sua oração

8-10 Mas a base de sua confiança não é a sua própria justiça. Ele louva ao único Deus como o supremo Criador que domina as nações

11-13 Ele promete aprender e seguir o caminho do Deus que o libertou

14-17 Ele pede que Deus o salve dos inimigos que queriam tirar a sua vida
Salmo 87 Deus e as Nações em Sião
Este Salmo continua o tema introduzido em 86:9. As nações, criadas por Deus, participam do louvor a Deus no santo monte

1-3 A glória de monte Sião, a cidade de Deus

4-6 A cidade de Deus não é apenas dos judeus. É a fonte de vida para outros povos,também estabelecidos pelo Senhor

7 Deus é louvado com cânticos de alegria
Salmo 88 Um Homem Aflito Pede Alívio
1-2 O autor do Salmo pede que Deus ouça o seu pedido

3-9 Ele descreve a sua situação de angústia, resultado de castigo divino. Sente-se quase morto (4-6), abatido (7), rejeitado (8), desesperado (8-9)

9-12 Ele pede a salvação divina, dizendo que não teria como servir e louvar a Deus se morresse. Como muitas grandes orações, o principal motivo para a salvação do homem é a glorificação de Deus

13-18 Ele continua orando, pedindo livramento de sua angústia. Diferente da maioria das súplicas no livro de Salmos, este não relata a resposta de Deus. É uma petição sem resposta imediata
Salmo 89 Deus Esqueceu de Sua Promessa a Davi?
Pelo conteúdo deste Salmo, parece provável que venha da época do reino dividido ou até do período do cativeiro, de um momento na história que a linhagem de Davi se encontrou numa
situação precária.

1-18 A primeira parte do Salmo consiste em uma canção de louvor, expressando confiança total no Senhor. O autor destaca várias qualidades de Deus, como a misericórdia (1), a benignidade (2), o poder (7-13,17), a justiça (14) a graça (14), a verdade (14), a glória (17). Sete vezes neste Salmo, ele usa a palavra “fidelidade” em referência a Deus. De fato, este Salmo se trata de uma questão da fidelidade do Senhor em relação a suas promessas. Neste trecho de adoração, ele fala sobre Deus como o poderoso Criador, e como fiel protetor de Israel e da casa de Davi. Os versículos 3 e 4 são a chave para entender o questionamento que vem no resto deste Salmo. Deus diz: “Fiz aliança com o meu escolhido e jurei a Davi, meu servo: Para sempre estabelecerei a tua posteridade e firmarei o teu trono de geração em geração.” O resto deste Salmo pergunta especificamente sobre essa promessa a Davi

19-37 A promessa de Deus a Davi. Esta parte do Salmo apresenta um resumo das características principais da aliança que Deus fez com Davi (veja 2 Samuel 7:5-16). Essa aliança inclui vários temas messiânicos, e foi cumprida totalmente em Cristo. Especialmente compare o versículo 27 e Colossenses 1:15. O significado de “primogênito” não é, necessariamente, primeiro que nasce ou primeiro criado. Aqui, como em Colossenses, a primogenitura mostra a exaltação, não a origem, do Ungido
Deus exaltou seu escolhido do meio do povo (19)
Davi foi ungido rei (20)
A mão de Deus estaria com ele (21)
Deus lhe daria vitória sobre os inimigos (22-23)
Acompanhado por Deus, o poder do ungido cresceria (24-25)
O ungido seria fiel a Deus (26)
Deus o exaltaria como primogênito, acima dos reis da terra (27)
Esta aliança era eterna (28-29)
Se os descendentes fossem desobedientes, Deus os castigaria mas não os rejeitaria totalmente (30-33)
Deus prometeu não violar a sua aliança com Davi (34-35)
A posteridade dele permaneceria no trono para sempre (36-37).

Promessas como esta obviamente olham para o reino eterno do Cristo

38-45 Mas Deus rejeitou a casa de Davi! Estes versículos apresentam a queixa do Salmista, sugerindo que Deus havia esquecido a sua aliança com Davi

46-51 Até quando, Senhor...? Este Salmo encerra com um apelo ao Senhor, pedindo que ele lembre-se logo de sua aliança e salve o seu povo. Enquanto Deus é eterno e pode ver o futuro, a existência breve do homem cria uma certa impaciência (47)

Salmos 90 - 96

Deus eterno é muito superior ao homem. Deus é eterno e indestrutível, mas a vida do homem é frágil e passageira. A única esperança do homem é procurar o refúgio em Deus, pois este é capaz de proteger e cuidar de seus servos. Os Salmos apresentados nesta aula destacam a fidelidade, a eternidade, a onipotência e a onisciência de Deus. Ele, e somente ele, é digno de ser louvado.

Salmo 90 A Brevidade da Vida Humana e a Eternidade de Deus

1-2 O Senhor, o refúgio para o homem, é Deus eterno

3-4 O homem é como pó, cuja existência na terra passa rapidamente diante de Deus (veja 89:47)

5-6 Os anos vêm e vão diante do Deus eterno

7-8 Deus vê os pecados dos homens, e os consome na sua ira

9-12 A vida do homem, em média de 70 a 80 anos, é breve. Os dias aqui precisam ser usados para alcançar a sabedoria diante de Deus

13-17 Reconhecendo a brevidade da vida, o salmista pede que Deus volte logo para abençoar seu povo aflito
Salmo 91 O Servo Fiel Protegido pelo Onipotente
1-2 Aquele que confia no Altíssimo descansa à sombra do Onipotente

3-8 Deus livrará este servo dos perigos no seu caminho. Ele protege os fiéis como uma galinha protege seus pintinhos (4-6; veja Mateus 23:37). Mesmo quando calamidades vêm sobre os outros, Deus cuida do seu servo (7-8)

9-13 A pessoa que faz a sua morada no Senhor é protegida pelos anjos. O diabo usou este trecho para tentar Jesus (Mateus 4:6; Lucas 4:10-11). A Bíblia não entra em detalhes desse aspecto do trabalho de anjos, mas várias passagens mostram que eles têm um papel na proteção dos servos de Deus (Hebreus 1:14; Mateus 18:10; Apocalipse 1:20; 12:7; Daniel 10:13,21; 12:1). Ao invés de inventar doutrinas especulativas sobre esse trabalho dos anjos, devemos achar consolo no fato que Deus e seus servos se preocupam conosco, especialmente interessados em nosso bem espiritual (Lucas 15:10)

14-16 No final do Salmo, o próprio Senhor fala. Diz que salvará o servo porque este o conhece e o ama. Com certeza, Jesus lembrou destes versículos quando o diabo tirou os anteriores de contexto para tentá-lo. Nós, também, devemos lembrar da condição dada aqui. Para obter a salvação divina, é necessário amar e obedecer a Deus
Salmo 92 O Deus Justo Merece Louvor
1-4 O Salmista chama o povo para adorar a Deus. O Senhor merece louvor por ser misericordioso e fiel (2), e por ter feito grandes obras (4)

5-9 As obras de Deus são tão grandes que os ímpios não percebem o seu significado. Podem até prosperar, mas certamente serão destruídos (5-7). O eterno Deus espalha os seus inimigos (8-9)

10-11 Em contraste com a destruição dos ímpios, ele exalta os fiéis

12-15 O justo prosperará na casa do Senhor, para anunciar a justiça de Deus durante toda a vida
Salmo 93 Deus Reina em Majestade
1-2 Desde a eternidade, o Senhor reina em majestade e poder

3-4 Os rios e as ondas do mar se levantam, mas ele é mais poderoso. Veja Marcos 5:3 5-41e considere, também, o significado do mar como os povos em passagens como Daniel 7:2-7; Apocalipse 17:1-2; Salmo 65:7; Isaías 17:12-13; 57:20; 60:5; Jeremias 49:23; 51:13; Ezequiel 26:3. Deus domina as nações (Daniel 4:32)

5 A palavra de Deus é fiel, e a sua casa, santa para sempre
Salmo 94 Confiança no Deus das Vinganças
No estilo de outros Salmos imprecatórios, este chama o Deus da vingança para castigar os opressores e proteger os inocentes. Deus vê tudo e age na sua santidade, pois o “trono da iniqüidade” não pode se associar com ele

1-3 O autor chama o Deus da vingança para castigar os soberbos

4-7 Esses perversos praticam iniqüidade, opressão e homicídio, e acham que Deus seja cego aos seus pecados

8-11 É tolice achar que o Deus que criou os ouvidos e os olhos não seria capaz de ver e ouvir o homem. Ele conhece até os pensamentos dos homens, e castigará os perversos

12-15 O homem que segue a justiça é protegido, corrigido e ensinado por Deus (veja Hebreus 12:5-13)

16-19 O servo encontra em Deus o apoio para enfrentar os perversos, e enfrenta a adversidade com confiança em Deus

20-23 A própria santidade de Deus faz diferença entre os justos e os perversos. Ele protege os fiéis, e destrói os malfeitores
Salmo 95 Deus, o Criador, Merece Louvor e Obediência
1-6 Deus merece adoração porque ele é o Criador e o supremo Rei que domina toda a criação

7 Ele é o Deus de seu rebanho

7-11 Deus chama o povo para ser fiel e obediente e não fazer como os israelitas rebeldes que não entraram na Terra Prometida. Em Hebreus 4, este Salmo é usado para mostrar a esperança que temos na vida eterna
Salmo 96 Deus É Digno de Ser Louvado
Este Salmo incentiva todos os povos a adorarem ao Senhor. Destaca o que Deus é (1-9), o que ele fez (5,10), o que ele fará (10,13) e o que ele merece: o louvor do homem. Observe a mensagem universal deste Salmo, que fala várias vezes dos povos e nações de toda a terra. Este Salmo é incluído em 1 Crônicas 16:23-33 como parte da celebração de Davi quando a arca foi levada a Jerusalém.

1-6 Cantai, cantai, cantai (1-2). O salmista convida todas as terras a cantarem ao Senhor, e cita várias características de Deus que merecem a adoração do homem: salvação (2), glória (3,6), maravilhas (3), grandeza (4), majestade (6), força (6), formosura (6). Tais atributos de Deus o destacam dos falsos deuses adorados pelos povos. Os ídolos não são nada, mas Deus criou o mundo (5)

7-13 Tributai, tributai, tributai (7-8). O único e verdadeiro Deus merece a adoração, as oferendas e a reverência dos povos. Ele é digno de adoração pelo que fez (criou o mundo – 10), faz (julga os povos com eqüidade – 10) e fará (virá para julgar o mundo com justiça e fidelidade – 13).

Salmos 97 - 103

Os Salmos incluídos nesta lição destacam os atributos de Deus, demonstrando a sua grandeza em poder, justiça, misericórdia, etc. Cada Salmo convida o servo de Deus a conhecer e apreciar mais o seu Criador e Redentor. Para permanecer na presença dele, o homem precisa adotar as atitudes e os pensamentos de Deus, participando da natureza divina.

Salmo 97 Justiça e Juízo: A Base do Trono de Deus

    A justiça e o juízo são a base do trono de Deus, e servem para distinguir entre os servos do Senhor e os ímpios. Ele dá alegria para os retos de coração, mas consome os inimigos no fogo de sua justiça

    1-6 O santo caráter de Deus se manifesta diante de toda a criação. Compare o versículo 3 a Êxodo 24:17; Hebreus 10:27; 12:29

    7-9 Os homens se dividem em duas categorias distintas, dependendo de sua reação a Deus: (1) Os incrédulos, que servem aos ídolos, são confundidos; (2) Os fiéis (Sião, Judá) se alegram na justiça de Deus

    10-12 Para gozar a alegria da luz do Senhor, os que amam a Deus precisam, também, detestar o mal. A santidade de Deus exige essa distinção de forma que seja impossível amar o
    bem sem detestar o mal (veja Tito 1:8 – amigo do bem)
Salmo 98 Deus Merece Louvor por Ser Justo
    Este Salmo continua o tema da justiça de Deus como motivo de louvor

    1-3 As características de Deus (santidade, salvação, justiça, misericórdia, fidelidade) são evidentes a todos por meio de suas obras maravilhosas e suas grandes vitórias

    4-6 O Salmista convida os servos a adorarem a Deus, usando vários instrumentos musicais. Louvor com instrumentos foi uma das características da adoração no templo em
    Jerusalém

    7-9 Toda a criação adora a Deus porque ele julgará os povos com justiça
Salmo 99 Exaltai ao Senhor, Porque Ele É Santo
    Este Salmo se divide em duas estrofes, cada uma terminando com um refrão quase igual (versículos 5 e 9).

    1-5 Reina o Senhor. Esta frase aparece aqui pela quarta vez nos Salmos (veja 93:1; 96:10 e 97:1). Como os Salmos anteriores, este destaca a posição de Deus como Rei sobre todos (2). Fala da santidade dele como motivo de louvor (3,5,9). Ele é tão superior que os homens devem se prostrar ante os pés dele (5)

    6-9 Deus responde aos fiéis que o adoram. Ele cita aqui exemplos históricos (Moisés, Arão e Samuel) de servos fiéis cujas orações foram atendidas (6-8). O Senhor os perdoou para permitir a comunhão desses homens com o Deus santo (8)
Salmo 100 Entrar no Templo para Adorar a Deus
    1-3 O Salmista chama os adoradores para servir a Deus com alegria e cânticos, porque o Senhor é Deus, o Criador e Pastor de seu povo

    4-5 Deve entrar no templo com hinos de louvor e ações de graças, porque Deus é bom, misericordioso e fiel
Salmo 101 A Promessa de um Rei Justo
    Este Salmo de Davi bem ilustra a aplicação prática dos Salmos anteriores. Deus é santo e justo. Seus servos devem imitá-lo. Como rei, Davi prometeu exaltar os justos e destruir os perversos.
    Leia este Salmo com cuidado, pensando nas aplicações dos mesmos princípios na nossa vida.Não somos reis, mas ainda devemos manter a nossa pureza e exaltar os retos. Não matamos os ímpios, como os reis faziam, mas devemos manter a pureza da igreja, a casa do Senhor

    1-2 Ele louva a Deus e pede a presença do Senhor na sua vida

    3-8 Ele prometeu ser fiel aos princípios de Deus:
      Não pôr coisa injusta diante de seus olhos (3)
      Aborrecer e evitar o caminho dos que se desviam de Deus (3)
      Manter um coração puro, não conhecendo o mal (4)
      Destruir caluniadores e soberbos (5)
      Associar-se aos fiéis no seu serviço (6)
      Evitar fraude e mentiras na sua casa (7)
      Destruir constantemente os ímpios, para manter a cidade de Deus santa (8)
Salmo 102 Um Servo Aflito Pede a Restauração de Jerusalém
    Este Salmo vem do período do cativeiro na Babilônia ou do retorno a Jerusalém. É uma oração pedindo as bênçãos de Deus para reerguer a cidade santa

    1-11 O Salmista, angustiado e sofrendo aflição, implora que Deus ouça a sua oração

    12-22 Em contraste com a breve vida do Salmista, Deus é eterno e capaz de atender ao pedido de seu servo. Aqui descobrimos o motivo da angústia do servo e a natureza do seu pedido. Ele olhou para as ruínas de Jerusalém e pediu a compaixão de Deus para restaurar a cidade (13-17). Como outras grandes orações, esta se baseia no santo caráter de Deus. Não é apenas um pedido egoísta, do ponto de vista humano, e sim uma petição para glorificar o nome do Senhor (18-22). A resposta favorável de Deus serviria como prova aos povos de sua grandeza. Como outros textos do Velho Testamento,
    especialmente chegando ao final do período, este mostra a esperança da salvação de povos não judeus (15,22)

    23-28 Confiança no eterno Deus. O Salmista reconhece a incerteza de sua própria vida, mas confia no Deus eterno. O mesmo Deus que criou o mundo e existe eternamente vai abençoar os descendentes dos fiéis.
Salmo 103 Bendizei ao Senhor Misericordioso
    1-5 Davi chama a sua própria alma para bendizer ao Senhor. O louvor não deve ser somente da boca para fora, mas feito com toda a força de “tudo o que há em mim” (1). Davi não queria esquecer de nenhuma das bênçãos de Deus: perdoa iniqüidades, sara enfermidades, redime a vida, mostra graça e misericórdia, abençoa o homem na sua velhice (3-5). Observe a ênfase nas bênçãos espirituais recebidas do Senhor

    6-14 Motivos para glorificar o Senhor:
    Faz justiça, julgando a causa dos oprimidos (6)
    Revelou-se a Moisés e ao povo de Israel (7)
    É misericordioso, compassivo, longânimo, benigno (8)
    Não permanece irado para sempre (9)
    Não castiga como o homem merece (10)
    Mostra misericórdia ilimitada para com os seus servos (11)
    Afasta do homem os seus pecados (12) – observe aqui a grandeza do perdão que Deus nos oferece!
    Compadece-se dos seus servos, como um pai, de seu filho (13)
    Reconhece a fragilidade do homem (14)

    15-18 O homem é frágil e vive por pouco tempo, mas a misericórdia de Deus é eterna para com aqueles que o temem. Os servos do Senhor guardam a aliança dele, lembram dos
    preceitos de Deus e os cumprem (18)

    19-22 O Salmo encerra com um apelo a todas as criaturas a bendizerem ao Senhor: os anjos, os exércitos de Deus, todas as obras de Deus e a alma do próprio salmista

Salmos 104 - 106

israel foi o povo escolhido por Deus. Desde Abraão até a época dos Salmos, Deus havia protegido este povo de uma forma muito especial. Infelizmente, o povo não mostrou a mesma fidelidade à aliança com Deus. Voltava ao pecado, sofria opressão, clamava ao Senhor, recebia ajuda divina, e caía novamente no pecado. Estes Salmos, especialmente 105 e 106, se baseiam na história de Israel desde o livro de Gênesis.

Salmo 104 Louvor para Deus, Criador e Sustentador

    1-2 Glória a Deus magnificente

    2-9 Deus merece louvor porque ele criou e ordenou o universo. Ele domina todas as extremidades da criação

    10-18 Ele sustenta a criação: animais, plantas e homens dependem dele

    19-23 Ele separa dia e noite. Os animais dominam a noite, e os homens trabalham de dia

    24-30 Toda a vasta criação depende de Deus; ele é a fonte da vida

    31-35 O Deus que fala por meio de terremotos e vulcões merece o louvor constante de seu servo
Salmo 105 As Obras de Deus na História do Povo Escolhido
    Este Salmo deve ser estudado junto com o 106, pois apresentam dois lados da mesma moeda. Salmo 105 mostra a fidelidade de Deus nas grandes obras feitas a favor do povo de Israel,
    traçando a história desde as promessas aos patriarcas. Salmo 106 fala de vários acontecimentos no mesmo período, mas frisa a infidelidade e a ingratidão do próprio povo. Embora abençoado
    por Deus, Israel não foi obediente. Os primeiros 15 versículos do Salmo 105, e os últimos 2 versículos do 106 se encontram na celebração da chegada da arca a Jerusalém (1 Crônicas 16)

    1-4 O Salmo começa, como muitos outros, com um convite ao louvor. Este enfatiza as obras de Deus e a importância de buscar sempre a presença do Senhor

    5-11 As promessas aos patriarcas. Deus fez uma promessa especial de dar aos descendentes de Abraão a terra de Canaã. A mesma promessa foi repetida a Abraão (Gênesis 12:1-3;
    15:12-21; 17:4-8), a Isaque (Gênesis 26:1-5) e a Jacó (Gênesis 28:13-15; 35:10-12).

    12-15 Deus protegeu a família de Abraão, mesmo quando era uma pequena família de peregrinos

    16-25 A família da promessa desceu ao Egito. Deus causou uma grande fome na terra (Gênesis 41:54 em diante), mas já começou os seus preparativos para isso décadas antes. Enviou
    José na frente. Ele foi como escravo, ficou preso, e chegou a governar o Egito (Gênesis 37-41). Jacó (Israel) e sua família desceram ao Egito (Gênesis 46-47). Lá, Deus fez com que eles se multiplicassem (Êxodo 1). Os egípcios os odiaram, e começaram a maltratálos (Êxodo 1:8-14)

    26-36 Deus usou Moisés e Arão para mostrar seu poder sobre os egípcios. Por meio deles, realizou grandes sinais no Egito (Êxodo 2-12). Aqui o Salmista menciona, especificamente, 8 das 10 pragas:
      1º Água em sangue (29; Êxodo 7:14-25)
      2º Rãs (30; Êxodo 8:1-15)
      3º Piolhos (31; Êxodo 8:16-19)
      4º Moscas (31: Êxodo 8:20-32)
      7º Saraiva (32; Êxodo 9:13-35)
      8º Gafanhotos (34; Êxodo 10:1-20)
      9º Escuridão (28; Êxodo 10:21-29)
      10º Morte dos primogênitos (36; Êxodo 12:29-36)
    37-39 A saída do Egito (Êxodo 12-15). Deus libertou o povo da escravidão, e os guiou com a coluna de nuvem e de fogo (Êxodo 12:35-36; 13:21-22)

    40-43 No deserto, Deus sustentou os israelitas, lhes dando codornizes (Êxodo 16:11-21), pão do céu (Êxodo 16:1-10) e água de uma rocha (Êxodo 17:1-7). Ele não esqueceu a sua
    aliança com Abraão

    44-45 Deus lhes deu vitória sobre as nações para tomarem posse da terra (veja o livro de Josué). Ele queria um povo obediente
Salmo 106 A Desobediência do Povo Escolhido
    Em contraste com o Salmo 105, este mostra a desobediência histórica do povo de Israel. Os últimos dois versículos se encontram em 1 Crônicas 16:35-36. Se Davi escreveu o Salmo inteiro,
    as referências a opressão e cativeiro teriam que se encaixar no período dos juízes. Se a boa parte deste Salmo for de outro autor, pode referir-se ao cativeiro assírio e ao babilônico. Independente de data, a mensagem é a mesma

    1-3 Deus misericordioso merece a adoração dos homens

    4-5 O Salmista pede para Deus tratá-lo com bondade

    6 O Salmista confessa o pecado do povo de sua época, comparando a sua desobediência à rebeldia de gerações anteriores

    7-12 No Egito e no êxodo, o povo pecou contra Deus, mas o Senhor continuou o abençoando. Quando viu os sinais, o povo creu e adorou a Deus

    13-15 Mas a fé dos israelitas não durou. Esqueceram logo das maravilhas que Deus fez, e caíram no pecado no deserto (veja Êxodo 16)

    16-18 Rebelaram-se contra Moisés e Arão (veja Números 16)

    19-23 Fizeram o bezerro de ouro, e quase foram exterminados no deserto (veja Êxodo 32)

    24-27 Não tiveram fé suficiente para tomar posse da terra prometida (veja Números 13-14)

    28-31 Participaram de uma festa idólatra em Baal-Peor. Pelo zelo de Finéias o povo foi poupado (veja Números 25)

    32-33 O povo, e até o próprio Moisés, pecaram quando faltou água em Meribá (veja Números 20:2-13)

    34-38 Não expulsaram os outros povos da terra, e estes se tornaram em pedra de tropeço para os israelitas (veja Juízes 2:1 - 3:6). Israel praticou idolatria, até sacrifícios humanos (veja 2 Reia 17:17; 21:6)

    39-46 Deus usou outras nações para oprimir o povo rebelde. Mas, repetidamente, ele o salvou dos inimigos (veja o livro de Juízes, e as histórias do cativeiro de Israel e de Judá)

    47 Ele pede que Deus salve seu povo, trazendo-o de volta do cativeiro em outras terras

    48 Este versículo é a doxologia de Livro IV

5/19/2011

Salmo 107 a 111

Louvado seja Deus. Deus que protege os justos e castiga os opressores. Deus que cumpre as suas profecias e envia seu Rei e Sacerdote. Deus que criou e governa o mundo. Deus que se importa com os aflitos e necessitados. Louvado seja Deus! Entre os Salmos desta lição, encontramos um dos mais importantes em termos do plano de Deus cumprido em Jesus e explicado no Novo Testamento. O Salmo 110 une em uma só pessoa os dois cargos importantes de Rei e Sacerdote. O Messias foi a pedra rejeitada por homens, mas preciosa para Deus. Deve ser preciosa para nós, também.

Salmo 107 Deus Responde ao Povo Angustiado

    Este Salmo responde ao apelo de 106:47. Deus ouve a oração do povo e o traz de volta do cativeiro. Observamos neste Salmo um padrão temático que inclui dois refrãos repetidos quatro vezes. A boa parte do Salmo segue este padrão:

    A. Relato do pecado do povo (variado)
    B. O povo clama a Deus, e ele o liberta (igual)
    C. Deus salva/guia o povo à segurança (variado)
    D. Rendam graças a Deus por sua bondade (igual)
    E. Motivo para a adoração (variado)

    1-3 Respondendo à súplica de 106:47, Deus resgatou o povo do cativeiro

    4-9
    A. Andaram errantes, famintos e sedentos (4-5)
    B. Na angústia, clamaram ao Senhor e ele os salvou (6)
    C. Ele conduziu o povo de volta a sua cidade (7)
    D. Deus, por sua bondade, merece a gratidão do homem (8)
    E. Ele respondeu à súplica do povo (9)

    10-16
    A. O povo rebelde se encontrou nas trevas da sombra da morte (10-12)
    B. Na angústia, clamaram ao Senhor e ele os salvou (13)
    C. Ele tirou o povo das trevas (14)
    D. Deus, por sua bondade, merece a gratidão do homem (15)
    E. Ele livrou o povo do cativeiro (16)

    17-22
    A. Os estultos rejeitaram a comida de Deus e chegaram “às portas da morte (17-18)
    B. Na angústia, clamaram ao Senhor e ele os salvou (19)
    C. Deus enviou a sua palavra e sarou o povo (20)
    D. Deus, por sua bondade, merece a gratidão do homem (21)
    E. O povo deve oferecer louvor a Deus (22)

    23-32
    A. Os homens que navegam pelos mares percebem a grandeza de Deus e a sua dependência dele (23-27)
    B. Na angústia, clamaram ao Senhor e ele os salvou (28)
    C. Ele acalmou o mar e os salvou (29-30)
    D. Deus, por sua bondade, merece a gratidão do homem (31)
    E. Ele deve ser glorificado pelo povo (32)

    33-38 Deus abençoou o seu povo, restaurando-o à prosperidade na terra

    39-42 Quando as pessoas voltam novamente ao pecado, ele traz opressão sobre os ímpios, mas abençoa os fiéis

    43 O sábio deve prestar atenção e aprender sobre a misericórdia de Deus
Salmo 108 Deus Dá a Vitória ao Povo Escolhido
    Este Salmo de Davi junta trechos de dois outros: 57:7-11 (1-5) e 60:5-12 (6-13).

    1-5 Davi confia no Senhor e exalta o nome do Senhor, por ser este misericordioso e fiel

    6-9 Deus defende o seu povo e lhe dá a vitória contra os inimigos ao seu redor. Gileade, Manassés, Efraim e Judá representam o povo e o território de Israel, que pertencem ao Senhor. Mas ele humilha os povos vizinhos.

    10-13 Davi clama a Deus, pedindo ajuda nas batalhas contra os adversários
Salmo 109 Davi Pede a Vingança Divina Contra os seus Opressores
    Neste Salmo, Davi se vê como a vítima de opressão, uma pessoa aflita e necessitada. Ele confia na misericórdia de Deus para socorrê-lo, enquanto condena os opressores que o perseguem.

    1-5 Davi pede castigo para com os seus inimigos, pessoas más que pagaram o bem dele com o mal (veja Romanos 12:18,21)

    6-15 Ele pede castigo sem misericórdia contra esses opressores, até desejando que as famílias deles sumissem da terra

    16-20 O castigo deve ser conforme o pecado:
    Não mostrou a misericórdia (16), então não deve recebê-la (12)
    Amou a maldição, então deve ser amaldiçoado (17)
    Não quis a bênção, então não deve ser abençoado (17)
    Vestiu-se de maldição, deve ser coberto de maldição (18-19)
    A vingança vem do Senhor (20; veja Romanos 12:19)

    21-29 Davi pede socorro e salvação. A base do pedido é o amor de Deus por seu próprio nome (21). Esta frase sugere que Deus recebe honra quando salva os seus servos. É um argumento usado em várias grandes orações na Bíblia. No caso de Davi, o nome de Deus seria engrandecido no cumprimento das promessas feitas a Davi (1 Crônicas 17:24). Novamente, ele pede justiça conforme a conduta dos inimigos (29)

    30-31 Ele encerra o Salmo com gratidão para com o Senhor, porque ele fica do lado do oprimido
Salmo 110 O Rei e Sacerdote Eterno
    Este Salmo é citado freqüentemente no Novo Testamento em referência a Jesus. Sua mensagem messiânica salienta a posição do Cristo como rei supremo e sacerdote eterno. Uma boa parte do livro de Hebreus usa este Salmo como sua base, mostrando o papel de Jesus como sacerdote para sempre. Sob o sistema terrestre do povo de Israel, não seria possível unir os dois cargos de rei e sacerdócio, sendo que os reis descendentes de Davi eram de Judá e os sacerdotes, de Levi. Mas Jesus governa como rei e sacerdote no céu

    1-3 Deus exalta o Messias, o dando primazia sobre todos os seus inimigos. Jesus, depois de sua morte, ressurreição e ascensão, ocupa essa posição de honra à destra do Pai (veja Mateus 22:44; Marcos 12:36; Lucas 20:42-43; Atos 2:34-35; 1 Coríntios 15:25; Efésios 1:20-23; Colossenses 3:1; Hebreus 1:13; 8:1; 10:12-13)

    4 O Ungido seria, também, sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. O significado deste versículo se torna evidente em Hebreus, onde serve de base para um dos argumentos principais do livro. Jesus, depois da sua ressurreição, entrou como Sumo Sacerdote na presença de Deus (no Santo dos Santos), oferecendo seu próprio sangue como sacrifício

    5-7 O rei/sacerdote exaltado pode contar com o apóio de Deus, que esmagará os seus inimigos (se Deus se põe à direita do pobre – 109:31, muito mais ele se dispõe para ajudar o seu Ungido)

Salmo 111 Louvor a Deus por suas Maravilhosas Obras
    1-3 Deus merece o louvor dos homens pelas grandes e maravilhosas obras que ele tem feito

    4-6 As suas obras demonstram bondade e misericórdia, protegendo e sustentando o seu povo

    7-9 As suas obras se baseiam no seu caráter: verdade, justiça, fidelidade, retidão e santidade

    10 Os prudentes seguem a sabedoria do Senhor (compare Provérbios 1:7)

Salmo 112 a 118

Deus, e somente Deus, merece a adoração. “Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória” (115:1). Ele dá esperança aos justos e promete justo castigo aos perversos. Ele está acima de todos e domina o universo que criou. Protegeu especialmente o povo de Israel, mas merece o louvor de todas as nações, “porque mui grande é a sua misericórdia para conosco, e a fidelidade do SENHOR subsiste para sempre. Aleluia!” (117:2).

Salmo 112 A Prosperidade Daqueles que Temem ao Senhor

    1-3 O homem fiel, que tem prazer em obedecer ao Senhor, é abençoado

    4-6 Este servo mostra a sua bondade para com outros, e ganha o respeito deles

    7-10 Ele confia na justiça de Deus, sabendo que será estabelecido acima dos ímpios. Os perversos não serão bem-sucedidos
Salmo 113 Louvor para o Excelso Deus
    1-3 Deus eterno e onipresente merece a adoração do homem

    4-6 Ele é tão superior a todos que ele se inclina para ver os céus e a terra

    7-9 Mesmo assim, ele se importa com os pequenos. Exalta os pobres e dá filhos à mulher estéril
Salmo 114 Louvor ao Deus que Libertou seu Povo do Egito
    1-2 Deus trouxe o povo de Israel do Egito e habitou entre eles

    3-6 Estes versículos repetem uma série de 4 aspectos da natureza em forma de afirmações e perguntas. Ele comenta sobre as reações de (1) Mar, (2) Rio Jordão, (3) Montes e (4) Colinas e, depois, pergunta o motivo das reações dos mesmos

    7-8 Fugiram e tremeram porque o Senhor é grande!
Salmo 115 Louvado Seja o Deus no Céu
    1-3 A glória não pertence aos homens. O Deus no céu é o único digno de louvor. Os servos do Senhor sabem responder às nações descrentes

    4-8 As nações servem ídolos impotentes, e se tornam semelhantes aos seus falsos deuses

    9-11 Deus é o amparo e escudo de:
    Israel
    A casa de Arão
    Aqueles que temem o Senhor

    12-13 Deus abençoa:
    Israel
    A casa de Arão
    Aqueles que temem o Senhor

    14-16 Uma bênção para os adoradores. Deus fez os céus para ele, e a terra para os homens

    17-18 Vamos adorar a Deus enquanto temos vida!
Salmo 116 O Servo Grato Louva ao Senhor
    1-3 O Salmista louva a Deus por ter respondido às suas orações em momentos de angústia, tribulação e tristeza

    4-9 Ele invocou o Senhor, sabendo que Deus é compassivo, justo, misericordioso e generoso. Quando Deus o ouviu, ele voltou à tranqüilidade

    10-14 Deus respondeu às orações nos momentos difíceis e, agora, o Salmista promete cumprir os seus votos

    15 A morte dos santos é preciosa para Deus. No contexto de respostas às orações angustiadas de um servo cercado pelos laços da morte (3), parece que o significado deste versículo é que Deus dá importância para os seus servos, até quando são ameaçados de morte

    16-19 Salvo das ameaças e angústias, o Salmista cumpre seus votos no meio da congregação dos fiéis
Salmo 117 Deus Merece o Louvor de Todos
    1 Todos os povos são convidados para louvar a Deus

    2 Ele merece louvor por sua misericórdia e fidelidade
Salmo 118 Deus Bom e Misericordioso Recebe a Gratidão dos Homens
    1 Deus é bom e misericordioso (este Salmo inicia e termina com a mesma frase – veja o versículo 29)

    2-4 O Salmista chama os fiéis a louvar a Deus. Cita aqui os mesmos três “grupos” mencionados em 115:9-13 – Israel, a casa de Arão e os que temem ao Senhor

    5-9 Na sua angústia, o Salmista invocou o Senhor. Deus o protegeu dos homens maus

    10-14 Deus o amparou, dando-lhe a vitória sobre os seus inimigos. Três vezes ele repete o refrão: “Em nome do Senhor as destruí”

    15-18 Ele foi castigado, mas não destruído, por Deus

    19-21 O Salmista e os outros justos entrariam pelas portas da justiça para render graças a Deus

    22-24 No maravilhoso dia escolhido por Deus, a pedra rejeitada por homens se tornaria a pedra angular. Os líderes da casa de Israel recusaram seguir a Jesus, mas Deus o colocou como a pedra principal (veja 1 Pedro 1:7; Mateus 21:42)

    25-29 O Salmo encerra com palavras de louvor e festividade. Este trecho é citado nos relatos da entrada triunfal de Jesus no Novo Testamento (veja Mateus 21:8-9)

Salmo 119

    Este Salmo se destaca por vários motivos. É o maior dos Salmos, e contém mais versículos do que qualquer capítulo da Bíblia. É um dos Salmos acrósticos, cada estrofe de 8 versículos começando com uma letra hebraica, e cada versículo na estrofe começando com a mesma letra (no original). Este Salmo destaca a importância e a perfeição da palavra de Deus, que guia os servos de Deus e os separa dos ímpios. Quase todos os versículos contêm uma ou mais palavras que identificam a palavra de Deus (lei, preceitos, caminho, decretos, mandamentos, etc.). O Salmo apresenta, também, alguns sub-temas. Por exemplo:
      A importância de buscar a Deus de todo o coração (2,7,10,34,58,69, 145)
      A base da confiança nas orações: Deus faz segundo a palavra/segundo as promessas dele (9,25,28,41,58,65,76,88,107,116,124,149, 154,156,159,169,170)
      O contraste entre aqueles que amam/temem ao Senhor e os ímpios que não o temem (95,110,119,163,47,48,97,113,127,132,155,159, 165,167)
      A importância de se lembrar/não se esquecer da lei do Senhor (16,52, 55,61,83,93,109,139,141,153,176)
    Na leitura do Salmo, medite nas mensagens de cada estrofe e cada versículo. Alguns dos assuntos tratados são:

    1-8 Álef – Buscar o Senhor de coração e seguir à risca os seus andamentos

    9-16 Beit – Seguir os preceitos de Deus, desde a juventude

    17-24 Guímel – Mesmo enfrentando adversidade, o servo que segue o caminho do Senhor sente sossego

    25-32 Dálet – Buscar a palavra de Deus, na tristeza e na alegria

    33-40 Hê – Inclinar o coração aos testemunhos de Deus e seguí-los até ao fim

    41-48 Vav – Falar a palavra de Deus, sem se envergonhar

    49-56 Zain - A palavra de Deus é motivo de alegria na tristeza

    57-64 Het – O Senhor é a porção e o companheiro dos fiéis

    65-72 Tet – A aflição ensina a valorizar a palavra

    73-80 Yod – A alegria dos fiéis X A vergonha dos soberbos

    81-88 Kaf – O oprimido espera nas promessas de Deus

    89-96 Lâmed – A perfeição ilimitada da palavra eterna

    97-104 Mem – Seguindo a palavra de Deus, a pessoa adquire mais entendimento do que inimigos, mestres e idosos

    105-112 Nun – Apesar de perseguições, deve induzir o coração a guardar todos os preceitos de Deus, sempre

    113-120 Sâmeh – A fidelidade do servo X a duplicidade dos mentirosos

    121-128 Ain – A justiça X a falsidade; Já é tempo para Deus intervir

    129-136 Pê – O seguidor de Deus não quer ser dominado pelo pecado

    137-144 Tsádi – A palavra de Deus é justa, pura, verdadeira, eterna, etc.

    145-152 Qof – Invocar o Senhor de todo o coração, o dia todo

    153-160 Resh – Vivificação segundo a promessa, os juízos, a bondade

    161-168 Shin – Amar a lei do Senhor ardentemente

    169-176 Tav – Súplica a Deus, porque o servo não se esquece da palavra do Senhor

Salmo 120 a 129

Jerusalém foi a cidade escolhida por Deus, a partir do reinado de Davi, como centro de louvor para todos os judeus. Várias vezes no ano, eles subiram para essa cidade, situada 750 metros acima do nível do mar, na região montanhosa de Judá. Os Salmos de subidas ou de degraus, também chamados de Salmos de romagem, eram cantados pelo povo que olhava para Jerusalém, se preparando para participar do louvor na cidade santa. Encontramos uma série de 15 destes Salmos (120 - 134), a maioria incluída nesta lição. Neles achamos bons exemplos das atitudes que devemos ter quando louvamos a Deus.

Salmo 120 A Angústia do Servo de Deus no Meio de Mentirosos

    1-2 O Salmista ora ao Senhor, pedindo livramento dos mentirosos ao seu redor

    3-4 A resposta da justiça de Deus destina os enganadores à ruína

    5-7 O Salmista descreve a sua angústia em habitar no meio dos adversários que odeiam a paz. Meseque e Quedar (descendentes de Ismael) representam povos descrentes e perversos (veja Ezequiel 38:2-3)
Salmo 121 O Senhor Te Guardará
    1-2 O socorro vem do Senhor, Criador do universo

    3-4 Deus é sempre vigilante; não negligencia o seu papel de proteger os fiéis

    5-8 O Senhor é quem guarda os seus servos de todo mal
Salmo 122 A Paz e a Prosperidade de Jerusalém
    1-2 Os adoradores sentem a alegria de chegar às portas de Jerusalém

    3-5 Eles olham para Jerusalém como a cidade onde as tribos se reúnem para louvar a Deus, e como a sede de um governo justo

    6-9 Eles oram pela paz e prosperidade de Jerusalém
Salmo 123 O Povo Desprezado Busca a Misericórdia de Deus
    1-2 O servo eleva os olhos ao Senhor, esperando uma manifestação da misericórdia de Deus. Outras passagens nos Salmos falam de elevar ou levantar a Deus os olhos (25:15; 121:1), a alma (25:1; 86:4; 143:8), a voz (77:1) e as mãos (63:4; 88:9; 119:48; 143:6); veja 1 Timóteo 2:8

    3-4 O povo, desprezado pelos soberbos, pede a misericórdia de Deus
Salmo 124 Só Deus Socorre e Salva o Seu Povo
    1-5 Se Deus não estivesse com o povo, eles teriam sido destruídos pelos inimigos (veja 73:25)

    6-7 Bendito seja Deus por salvar o seu povo

    8 Só Deus, o Criador do universo, é capaz de socorrer o seu povo
Salmo 125 Deus Dá Paz a Israel e Julga os Malfeitores
    1-3 O povo fiel é como um monte firme, protegido por outros montes ao seu redor. Aqui o Salmista compara Israel ao monte Sião (o monte do templo em Jerusalém) e Deus aos montes em volta da cidade, dando proteção constante para o seu povo

    4-5 Para fazer o bem e assegurar a paz dos fiéis, Deus necessariamente julgaria os malfeitores. Não é possível salvar os justos sem condenar os perversos

Salmo 126 A Alegria do Livramento de Jerusalém

    1-3 O povo se regozija porque Deus livrou Jerusalém

    4-6 O povo pede que Deus abençoe com prosperidade

Salmo 127 Se Construir sem Deus, Será em Vão
    1-2 Se tentar edificar a casa sem Deus, o esforço será em vão

    3-5 Filhos são uma bênção dada pelo Senhor
Salmo 128 Deus Abençoa o Homem Fiel
    1-4 Deus abençoa o homem que teme ao Senhor e lhe obedece (1,4). Ele é abençoado no seu trabalho (2). A família dele é abençoada (3)

    5-6 A bênção para o homem fiel inclui a esperança da prosperidade de Israel
Salmo 129 O Povo de Israel Oprimido, mas Protegido por Deus
    1-3 Ao longo da história, Israel sofreu opressão nas mãos de vários inimigos

    4 Mas Deus sempre salvou o seu povo e castigou os inimigos

    5-8 Deus fará uma diferença, deixando envergonhados os inimigos de Israel

Salmo 130 a 137

O povo de Israel gozava o privilégio especial da habitação de Deus no seu meio. Quando Davi levou a arca para Jerusalém, aquela cidade passou a ser a Cidade Santa, e representava a comunhão de Israel com o Senhor. Os fiéis celebravam esta comunhão, e sacerdotes justos conduziam o povo na adoração ao Senhor. O mesmo Deus que tirou os israelitas do Egito habitava em Jerusalém! O verdadeiro Deus de misericórdia, o Deus dos céus, mantinha uma relação especial com o povo de Israel. Os Salmos 130-134 completam a série de Salmos de degraus, e os próximos dois apresentam temas semelhantes sobre louvor do Deus que habita em Jerusalém. O último desta lição olha de um outro ponto de vista. É um Salmo de angústia expressando a lamentação do povo no cativeiro na Babilônia, longe de Jerusalém e sentindo saudades da Cidade Santa.

Salmo 130 Deus Perdoa Os que O Temem

    1-2 O Salmista clama a Deus, esperando ser ouvido

    3-4 Se Deus castigasse todos os pecados, ninguém sobreviveria; ele perdoa os que o temem (veja 1 João 1:7-9)

    5-8 Deus é misericordioso para perdoar aqueles que esperam nele

Salmo 131 A Alma Encontra Sossego em Deus
    1 O Salmista não se entrega ao orgulho

    2 Ele acha calma no Senhor, como uma criança no colo da mãe

    3 Israel deve esperar no Senhor
Salmo 132 A Aliança de Davi com Deus
    Este Salmo se refere à chegada da arca em Jerusalém, e ao desejo de Davi de preparar uma casa para Deus na cidade santa. Consiste em duas partes: as promessas de Davi a Deus (1-10) e as promessas de Deus a Davi (11-18). Compare 2 Samuel 7:1-17

    1-10 As Promessas de Davi a Deus
    Davi não descansaria até preparar lugar para Deus (1-5)
    O povo trouxe a arca para Jerusalém para adorar a Deus (6-7)
    Davi pede para Deus entrar no seu lugar de repouso e não desprezar o louvor do povo (8,10)
    Para isso, ele entende que os sacerdotes e os fiéis precisam louvá-lo em justiça (9)

    11-18 As Promessas de Deus a Davi
    Um descendente de Davi reinaria no seu trono (11)
    Se os seus descendentes fossem fiéis, Deus estabeleceria a dinastia de Davi (12)
    Deus escolheu Sião (o monte do templo) e pretendia habitar lá (13-14)
    Por sua presença, ele ia abençoar o povo (15)
    Ele vestiria os sacerdotes e daria motivo de alegria aos fiéis (16; veja 9)
    Ele exaltaria a força de seu ungido e o colocaria acima dos seus inimigos (17-18)
Salmo 133 A Abençoada Unidade de Irmãos
    1 É bom viverem unidos os irmãos (veja 1 Coríntios 1:10; João 17:21)

    2-3 A unidade dos irmãos é uma bênção que desce do céu

    3 O Senhor oferece esta bênção para sempre
Salmo 134 Bendizer ao Senhor
    1-2 Os que servem na Casa do Senhor devem bendizer o nome de Deus

    3 Deus, o Criador do universo, abençoa os seus servos
Salmo 135 Louvor ao Deus de Israel
    1-4 Deus merece louvor porque ele é bom para com o seu povo escolhido

    5-7 Deus é grande! Ele domina todo o universo

    8-12 Deus venceu os povos e deu a herança ao povo de Israel. Ele castigou o faraó do Egito (8-9), derrotou os reis no caminho para a terra (10-11) e expulsou os cananeus para
    dar sua terra a Israel (11-12)

    13-14 Jeová é o eterno e verdadeiro Deus

    15-18 Os ídolos são impotentes criaturas dos homens (compare 115:4-8)

    19-21 Deus merece o louvor de seu povo. Aqui ele usa quatro termos para identificar os fiéis (compare 115:9-11 e 118:2-4): Casa de Israel (19), Casa de Arão (19), Casa de Levi (20) e “vós que temeis ao Senhor” (20)
Salmo 136 A Misericórdia de Deus
    Este Salmo de louvor repete o estribilho “porque a sua misericórdia dura para sempre” em cada um de seus 26 versículos. Entre essas linhas, apresenta uma linha contínua de louvor, começando com a existência e supremacia de Deus, passando pela criação, e terminando com um resumo da história de suas obras para com Israel, desde o êxodo até o período dos juízes.

    1-4 Deus, o Senhor dos senhores, merece a gratidão do homem. No princípio, Deus (veja Gênesis 1:1)

    5-9 Deus é o Criador do universo (“No princípio, criou Deus os céus e a terra” – Gênesis 1:1)

    10-25 Deus demonstrara as suas grandes obras na história de Israel
    Na morte dos primogênitos (10; Êxodo 12)
    Na libertação dos israelitas das mãos dos egípcios (11-12; Êxodo 12-13)
    Na travessia do Mar Vermelho (13-14; Êxodo 14)
    Na derrota do exército do Egito no Mar Vermelho (15; Êxodo 14)
    Na passagem pelo deserto (16; Êxodo 15 em diante)
    Nas vitórias sobre reis como Seom e Ogue (17-20; Números 21)
    Na entrega de terras a Israel como herança (21-22; Josué)
    No livramento do povo de seus adversários (23-24; Juízes)
    Na alimentação de toda carne (25; a história do mundo)

    26 Deus merece louvor, “porque a sua misericórdia dura para sempre”
Salmo 137 Os Cativos Lamentam a Destruição de Jerusalém
    Este Salmo se enquadra no período do cativeiro na Babilônia, provavelmente logo após a queda de Jerusalém em 586 a.C. Judeus no cativeiro lembram do templo em Jerusalém, e não sentem a vontade de cantar louvores na terra estranha

    1-3 O povo no cativeiro sente saudades de Sião, e não consegue cantar com alegria no cativeiro na Babilônia

    4-6 Para eles, seria uma grande traição esquecerem-se de Jerusalém

    7-9 Eles pedem vingança contra os povos envolvidos na sua queda, especificamente contra:
    Edom (veja Obadias 11-14; Ezequiel 25:12-14)
    A Babilônia, a nação usada por Deus para castigar Judá. Foram excessivamente cruéis em cumprir essa tarefa, e Deus os castigou por isso (veja Jeremias 50-51; Habacuque 2)

Salmo 138 a 144

O Senhor conhece o homem, até os pensamentos mais íntimos de suas criaturas. O servo de Deus procura conhecer Deus, até tentando compreender os pensamentos do Criador. Aqueles que andam assim gozam a comunhão com o Senhor. Os outros, cujos pensamentos e procedimento contrariam a vontade de Deus, sofrem a ira reservada para os inimigos do Senhor.

Salmo 138 Louvor a Deus Porque Ele Atendeu a Oração de seu Servo

    1-3 Davi dá graças a Deus, porque o Senhor ouviu a sua oração

    4-6 Os reis devem louvar a Deus, porque ele é grande e, ao mesmo tempo, cuida dos humildes

    7-8 Davi confia no Senhor, independente de suas circunstâncias
Salmo 139 A Confiança do Servo Fiel no Deus Onisciente
    1-6 Deus conhece perfeitamente o homem, até sabe os pensamentos antes do homem agir

    7-12 Não importa onde o homem estiver, Deus o verá. Ele é onipresente

    13-16 Deus conhece o homem desde a barriga da mãe, pois o Senhor o formou

    17-18 Os pensamentos de Deus, muito acima da compreensão do homem, são preciosos para o servo fiel

    19-22 Davi pede a vingança contra os inimigos de Deus. Estes versículos servem como chave para entender os Salmos imprecatórios. O homem pede castigo divino contra os seus adversários, não por serem estes inimigos dele mesmo, mas por serem inimigos de Deus

    23-24 O Salmista pede que Deus sonde o coração e o guie no caminho certo. Nada de tentar esconder de Deus!
Salmo 140 A Proteção Divina
    1-3 Davi pede livramento do homem violento, que vive procurando o mal dos outros com seu coração, sua língua e seus lábios

    4-5 Ele pede proteção das ciladas armadas pelos violentos

    6-8 Ele pede que Deus ouça os seus pedidos enquanto nega os desejos dos ímpios

    9-11 Ele pede castigo divino para os seus perseguidores

    12-13 Ele mostra sua confiança na justiça e na proteção do Senhor
Salmo 141 Pedido por Pureza e Proteção
    1-2 Davi pede que Deus atenda a sua oração. A comparação da oração com o incenso sugere o simbolismo do incenso oferecido continuamente ao Senhor no tabernáculo e no templo (veja Apocalipse 5:8)

    3-5 Ele pede a ajuda de Deus para manter a sua pureza. Da mesma maneira que os homens violentos dedicam o coração, a língua e os lábios ao pecado (140:2-3), o servo de Deus dedica o coração, a língua e a boca a Deus, e não quer contaminá-los com a iniqüidade

    5-7 Os perversos seriam julgados, e a palavra do servo fiel permaneceria

    8-10 O servo confia em Deus, e assim espera a proteção de Deus contra os ímpios, que cairão nas armadilhas que prepararam para os outros
Salmo 142 O Servo Procura Refúgio em Deus
    1-3 Davi leva a sua súplica ao Senhor

    3-4 Entre os homens, não há nenhum refúgio nem proteção

    5-7 Somente no Senhor ele acha refúgio e livramento dos inimigos
Salmo 143 A Súplica de um Servo Oprimido
    1-2 Davi pede que Deus atenda a sua súplica, sem entrar em juízo com ele. Ninguém pode suportar a justiça de Deus, pois todos pecaram (veja Romanos 3:10,23)

    3-4 Ele vive perturbado pelas perseguições do seu inimigo

    5-6 Ele lembra das grandes obras de Deus e deseja a presença do Senhor

    7 Ele pede que Deus responda com urgência à sua oração

    8-11 Ele pede que Deus aja na vida dele:
    Faze-me ouvir (8)
    Mostra-me o caminho (8)
    Livra-me ... dos meus inimigos (9)
    Ensina-me a fazer a tua vontade (10)
    Guie-me ... por terreno plano (10)
    Vivifica-me (11)
    Tira da tribulação a minha alma (11)

    12 E, por outro lado, ele pede que Deus aja contra os seus inimigos. Ele apresenta o castigo dos ímpios como um ato de misericórdia, no sentido que a destruição dos perversos dá livramento aos fiéis

Salmo 144 O Excelso Deus Cuida do Seu Povo

    Este Salmo de Davi se divide em duas partes principais. Os primeiros 11 versículos falam da relação especial de Deus com seu servo, Davi. Os últimos 4 são uma oração de bênção para o povo de Israel. Na primeira parte há duas estrofes paralelas, terminando com refrãos quase idênticos (5-8, 9-11)

    1-11 Deus, o protetor e a força de Davi

    1-2 Deus protege e capacita Davi como guerreiro e rei

    3-4 Mas como é que o Deus sublime se preocupa com meros homens, que vivem por pouco tempo? (veja Tiago 4:14; 1 Pedro 1:24)

    5-8 Davi pede para o Deus Altíssimo estender a sua mão para o livrar dos seus inimigos (observe o refrão nos versículos 7 e 8, que será repetido no versículo 11)

    9-11 Davi louva a Deus, quem dá vitória e o livra da mão dos inimigos

    12-16 Este Salmo se encerra com uma bênção para o povo de Israel, chegando a conclusão:
    “Sim, bem-aventurado é o povo cujo Deus é o Senhor”

Salmo 145 a 150

Aleluia! Que Jeová seja louvado! O livro de Salmos é um livro de louvor, e os últimos Salmos são especialmente ricos em adoração a Deus. Ele merece a adoração dos anjos e dos homens por ser o Criador, Sustentador, Protetor e Juiz de todos. “Todo ser que respira louve ao Senhor. Aleluia!”

Salmo 145 Deus Merece Louvor por Sua Grandeza, Benevolência e Justiça

    1-2 Davi promete louvar a Deus constantemente e para sempre

    3-20 Deus merece este louvor por causa do seu caráter e de suas obras. O Senhor:
    É grande (3)
    É benigno e misericordioso (8,17)
    É bom para todos (9)
    É fiel em suas palavras (13)
    É santo em suas obras (13)
    Sustém os fracos (14)
    Alimenta os necessitados na sua benevolência (15-16)
    É justo (17)
    Está perto de seus servos (18)
    Atende as orações dos fiéis (19)
    Protege os que o amam (20)
    Extermina os ímpios (20)

    21 Todos devem louvar ao Senhor para sempre
Salmo 146 Louvado seja Deus, o Criador e Rei Eterno
    1-2 A palavra “aleluia” é um termo especial de louvor, que inclui uma forma do nome de Deus. Sempre deve ser pronunciada com reverência para com o Senhor. O Salmista promete louvar a Deus durante toda a sua vida

    3-4 Não devemos confiar em homens, nem nos mais poderosos, porque não são capazes de salvar, e seu poder é limitado ao pouco tempo que vivem

    5-7 Bem-aventurado aquele que confia no Senhor. Ele é o criador, o fiel sustentador, e o justo protetor dos oprimidos

    7-10 O Salmo encerra-se com uma série de declarações sobre as obras de Deus em relação ao seu povo. O Senhor:
    Liberta os encarcerados (7)
    Abre os olhos dos cegos (8)
    Levanta os abatidos (8)
    Ama os justos (8)
    Guarda os peregrinos (9)
    Ampara o órfão e a viúva (9)
    Transtorna o caminho dos perversos (9)
    Reina para sempre (10)
Salmo 147 Louvor para o Grande e Poderoso Deus de Israel

    Este Salmo, ao que parece do versículo 2, pertence ao período pós-exílico, quando Deus restaurou o povo a sua terra e edificou Jerusalém

    1 Deus merece cânticos de louvor, porque ele é bom e amável

    2-6 Ele deve ser louvado por suas grandes obras e por sua própria grandeza. O seu poder e seu entendimento são imensuráveis

    7-11 O Deus poderoso que sustém a vida não pode ser impressionado com a força militar do homem. Ele procura pessoas fiéis que confiam nele

    12-20 O povo de Israel tem motivos especiais para louvar a Deus, pois receberam bênçãos que não foram dadas a outras nações. Observe nestes versículos como Deus usa a sua palavra como instrumento ativo de poder: Ele “envia” ordens (15), “manda” a palavra (18) e “mostra” a palavra e as leis (19). Quem ignora os preceitos de Deus não recebe as suas bênçãos especiais (20)

Salmo 148 Deus Seja Louvado no Céu e na Terra
    Como vários outros, este Salmo começa e termina com a simples e reverente exclamação: “Aleluia!” (veja Salmos 106,113,135,146,149,150). Ele consiste em duas estrofes (1-6,7-14). Cada estrofe termina com dois versículos com a mesma estrutura (5-6,13-14): “Louvem o nome do Senhor, pois (porque)....”

    1-6 Louvai ao Senhor nos céus. Nesta primeira estrofe, tudo que há nos céus é convocado para adorar a Deus. Começa com os seres inteligentes (anjos) e vai até a criação material (sol, lua, água, etc.)

    7-14 Louvai ao Senhor na terra. Começa com a criação material (águas, animais, montes) e vai até os seres inteligentes (reis, povos, etc.)
Salmo 149 Um Novo Cântico de Louvor dos Servos Obedientes
    1 Um novo cântico: Seis vezes no livro de Salmos, ele fala de louvar a Deus com um cântico novo (33:3; 40:3; 96:1; 98:1; 144:9; 149:1). O homem nunca esgotará os motivos para adorar a Deus; sempre descobrirá novas razões para lhe dar honra e glória

    2-4 O Criador e Rei merece o louvor do seu povo, pois ele o salvou

    5-9 Os servos fiéis se dispõem como instrumentos da justiça do Senhor
Salmo 150 Todo Ser que Respira Louve ao Senhor!
    Já observamos que cada um dos cinco livros nos Salmos termina com uma bênção ou doxologia (Veja as doxologias dos primeiros quatro livros – 41:13; 72:18-20; 89:52; 106:48). O Salmo 150 serve como a bênção de encerramento do quinto livro, e da coleção inteira. Conforme as práticas de louvor no templo em Jerusalém, este Salmo pede o uso de diversos instrumentos na adoração a Deus. Observe estes aspectos do louvor citado:

    1 Onde? No santuário e no firmamento

    2 Por quê? Por suas obras e por sua grandeza

    3-5 Como? Com todo tipo de instrumento musical

    6 Quem? “Todo ser que respira louve ao Senhor. Aleluia!”

5/15/2011

Provérbios

O Livro de Provérbios foi escrito pelo sábio rei Salomão (Provérbios 1.1; 10.1; 25.1). Sua escrita ocorreu entre os anos de 1.037 a 998 a.C., durante o reinado de Salomão em Israel. O livro é constituído em forma de discursos, bem como de coleção de declarações sábias sobre assuntos práticos da vida. Embora tenha sido de autoria do rei Salomão, no reinado de Ezequias o Livro de Provérbios recebeu sua compilação, tendo sido posto em ordem pelos seus escribas (escrivães), que o colocaram em um só volume. Em toda a sua vida, Salomão compôs cerca de 3.000 provérbios e 1.005 cânticos (1º Reis 4.32). Ele próprio selecionou os provérbios do livro, e os colocou em ordem de escrita. Os escribas do rei Ezequias os colocaram em ordem temática.

O Livro de Provérbios possui 31 capítulos, 914 versículos e cinco grandes divisões. 1)O valor superior da sabedoria; 2)A atitude correta para com Deus; 3)Conselhos excelentes para governar a vida familiar; 4)Características que devem ser cultivadas e as que devem ser evitadas; 5)Orientações práticas para a vida cotidiana.

A primeira grande divisão do livro (O valor superior da sabedoria) possui cinco subdivisões: 1)Sabedoria (junto com compreensão) é a coisa principal (Provérbios 4.5-8; 16.16). 2)Elementos essenciais para se adquirir sabedoria (Provérbios 2.1-9; 13.20). 3)Benefícios resultantes da sabedoria, tais como segurança, proteção, honra, vida mais longa e mais feliz (Provérbios 2.10-21; 3.13-26, 35; 9.10-12; 24.6, 13,14). 4)A sabedoria personificada foi a colaboradora de Deus (Provérbios 8.22-31). 5) As conseqüências amargas de se deixar de agir sabiamente (Provérbios 1.24-32; 2.22; 6.12-15).

A segunda grande divisão do livro (A atitude correta para com Deus) possui seis subdivisões: 1)Confiar em Deus (Provérbios 3.5,6; 16.20; 18.10; 29.25). 2) Temer e evitar a maldade (Provérbios 3.7; 10.27; 14.26,27; 16.6; 19.23). 3)Honrá-lo por apoiar a adoração verdadeira (Provérbios 3.9,10). 4)Mostrar apreço por Sua Palavra (Provérbios 3.1-4; 30.5,6). 5)Descobrir o que Deus odeia e agir com esse conhecimento (Provérbios 6.16-19; 11.20; 12.22; 16.5; 17.15; 28.9). 6)Se agradarmos a Deus, Ele cuidará de nós, nos protegerá e ouvirá as nossas orações (Provérbios 10.3,9,30; 15.29; 16.3).

A terceira grande divisão do livro (Conselhos excelentes para governar a vida familiar) possui cinco subdivisões: 1)A esposa capaz é uma bênção por parte de Deus (Provérbios 12.4; 14.1; 18.22; 31.10-31). 2)Os pais devem treinar e disciplinar os filhos (Provérbios 13.1,24; 22.6,15; 23.13,14; 31.109-31). 3)Os filhos devem respeitar profundamente os pais (Provérbios 1.8,9; 4.1-4; 6.20-22; 10.1; 23.22-26; 30.17). 4) Amor e paz são qualidades muito desejáveis no lar (Provérbios 15.16,17; 17.1; 19.13; 21.9,19). 5)Resista à imoralidade e estará evitando muita dor e sofrimento (Provérbios 5.3-23; 6.23-35; 7.4-27; 9.13-18).

A quarta grande divisão do livro (Características que devem ser cultivas e as que devem ser evitadas) possui sete subdivisões: 1)Cultive consideração amorosa para com os pobres e os aflitos (Provérbios 3.27,28; 14.21,31; 19.17; 21.13; 28.27). 2)Seja generoso e evite a ganância (Provérbios 11.24-26). 3)Cultive e diligência e não seja preguiçoso (Provérbios 6.6-11; 10.26; 13.4; 20.4; 24.30-34; 26.13-16). 4)Modéstia e humildade trazem honra. Presunção e orgulho trazem à humilhação (Provérbios 11.2; 16.18,19; 25.6,7; 29.23). 5)Exerça autodomínio (tolerância) na questão da ira (Provérbios 14.29; 16.32; 25.28; 29.11). 6)Evite ter espírito maldoso ou o desejo de vingança (Provérbios 20.22; 24.17,18;28,29; 25.21,22). 7)Pratique a justiça em tudo (Provérbios 10.2; 11.18,19; 14.32; 21.3,21).

A quinta grande divisão do livro (Orientações práticas para a vida cotidiana) possui 14 subdivisões: 1)Corresponda corretamente à disciplina, à repreensão e ao conselho (Provérbios 13.18; 15.10; 19.20; 27.5,6). 2)Seja um amigo genuíno (Provérbios 17.17; 18.24; 19.4; 27.9,10). 3)Seja criterioso ao aceitar hospitalidade (Provérbios 23.1-3, 6-8; 25.17). 4)O materialismo é fútil (Provérbios 11.28; 23.4,5; 28.20,22). 5)O trabalho árduo resulta em bênçãos (Provérbios 12.11; 28.19). 6)Desenvolva práticas comerciais honestas (Provérbios 11.1; 16.11; 20.10,23). 7)Tome cuidado no que diz respeito a ser fiador (avalista) dos outros, especialmente de estranhos (Provérbios 6.1-5; 11.15; 22.26,27). 8)Evite conversa prejudicial: certifique- se de que sua conversa é edificante (Provérbios 10.18-21, 31,32; 11.13; 12.17-19; 15.1,2,4,28; 16.24; 18.8). 9)A lisonja é traiçoeira (Provérbios 28.23; 29.5). 10)Evite altercações: discutir ou polemizar (Provérbios 3.30; 17.17; 20.3; 26.17). 11)Evite más companhias (Provérbios 1.10-19; 4.14-19; 22.24,25). 12)Aprenda a lidar sabiamente com os zombadores (escarnecedores) e com os tolos (Provérbios 9.7,8; 19.25; 22.10; 26.4,5). 13)Evite as armadilhas das bebidas alcoólicas: a embriaguez (Provérbios 20.1; 23.29-35; 31.4-7). 14)Não inveje os ímpios ou iníquos (Provérbios 3.31-34; 23.17,18; 24.19,20).

Observações sobre o Livro de Provérbios: entre os Provérbios de Salomão foram encontradas palavras de AGUR (transcritas por Salomão) e da mãe do rei LEMUEL, as quais foram adicionadas ao livro pelo próprio Salomão. São os provérbios constantes dos capítulos 30 (30.1-33) e 31 (31.1-31) respectivamente. Os dois provérbios foram transcritos pelos escribas do rei Ezequias, quando este compilou o livro na íntegra. AGUR era filho do rei Jaque e foi autor do 30º capítulo do Livro de Provérbios. Viveu na corte de Salomão (entre 1.037 a 998 a.C.) e era um dos escribas do rei. LEMUEL era um dos muitos reis das nações circunvizinhas de Israel, que admiravam Salomão e com ele mantinham relações de amizade. Lemuel era um rei muito obediente à sua mãe, e prestou-lhe uma homenagem ao escrever o capítulo 31 do Livro de Provérbios, o qual Salomão também adicionou ao Livro.

Para efeitos didáticos, o Livro de Provérbios possui cinco grandes temas ou assuntos: 1)Provérbios de Salomão exaltando as bênçãos da sabedoria (capítulos 1 a 9). 2)Os provérbios de Salomão sobre vários assuntos (capítulos 10 a 24). 3)Outros provérbios de Salomão, transcritos pelos escribas do rei Ezequias (capítulos 25 a 29). 4) As palavras de Agur (capítulo 30). 5)As palavras da mãe do rei Lemuel (capítulo 31).

Rev. Dr. Venâncio Josiel dos Santos (PHD, DD, THD). Doutor em Teologia, Divindade e Filosofia da Religião. OTEAL nº 615 – OTEB nº 1.516

5/11/2011

Eclesiaste

O livro de Eclesiastes registra a busca de Salomão por significado e propósito na vida. Ele buscava valor real em diferentes áreas, mas o resultado final era deprimente. "Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade" (1:2). "Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol" (2:11). Ele achava a vida vazia e sem significado. Ele disse que era como caçar o vento: nunca se consegue pegá-lo. Estaremos constantemente frustrados se procurarmos ganhar algo na vida que não está nela. Quando reconhecemos que a vida é vazia, somos libertados para buscar seu verdadeiro significado fora desta existência temporal, e então encontramos o significado e propósito verdadeiro.

Eclesiastes contém quatro pensamentos básicos: Œ A busca do Pregador por valor real na vida; ele concluiu que tudo é vaidade.  Razões para as frustrações na vida. Ž Alguns modos melhores para viver a vida apesar dela ser vazia.  A única satisfação que há para um homem. Este artigo estudará os pontos 1, 2 e 4.

O escritor buscou significado em muitas áreas.
Œ Ele tentou a sabedoria: "Disse comigo: eis que me engrandeci e sobrepujei em sabedoria a todos os que antes de mim existiram em Jerusalém; com efeito, o meu coração tem tido larga experiência da sabedoria e do conhecimento. Apliquei o coração a conhecer a sabedoria e a saber o que é loucura e o que é estultícia; e vim a saber que também isto é correr atrás do vento. Porque na muita sabedoria há muito enfado; e quem aumenta ciência aumenta tristeza" (1:16-18). Com o aumento da sabedoria veio o aumento da dor, porque maior percepção do mundo leva a maior frustração com as coisas tortas do mundo que não podem ser retificadas.  Ele buscou prazer: "Disse comigo: vamos! Eu te provarei com a alegria; goza, pois, a felicidade; mas também isso era vaidade. Do riso disse: é loucura; e da alegria: de que serve?" (2:1-2). Ž Ele procurou significado no uso moderado de álcool: "Resolvi no meu coração dar-me ao vinho, regendo-me, contudo, pela sabedoria, e entregar-me à loucura, até ver o que melhor seria que fizessem os filhos dos homens debaixo do céu, durante os poucos dias da sua vida" (2:3).  Ele tentou satisfazer-se com grandes realizações: "Empreendi grandes obras; edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas. Fiz jardins e pomares para mim e nestes plantei árvores frutíferas de toda espécie. Fiz para mim açudes, para regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores" (2:4-6).  Ele comprou escravos: "Comprei servos e servas e tive servos nascidos em casa" (2:7). Ele acumulou grande riqueza: "Também possuí bois e ovelhas, mais do que possuíram todos os que antes de mim viveram em Jerusalém. Amontoei também para mim prata e ouro e tesouros de reis e de províncias" (2:7-8). Ele buscou divertimento e prazersexual: "Provi-me de cantores e cantoras e das delícias dos filhos dos homens: mulheres e mulheres" (2:8). Ele também observou o resultado da busca por popularidade (veja 4:13-16). Depois dessa análise detalhada, qual foi a conclusão final? "Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol" (2:11). Não havia satisfação em nenhuma destas buscas.

Razões para as Frustrações na Vida

Há boas razões pelas quais a vida é inerentemente insatisfatória, não importa quão bem sucedidas nossas buscas possam ser.

Œ Nenhuma realização. Nada realmente acontece na vida. Há uma infindável e cansativa sucessão de acontecimentos, mas não há resultado. Essa monotonia é bem ilustrada pelos ciclos naturais na terra (1:3-7). O sol se levanta, põe-se, e levanta-se novamente. Muita atividade, nenhuma mudança. O vento sopra para o norte, sopra para o sul, e sopra para o norte novamente. Muito movimento, nenhuma realização. Os rios correm para o mar, e correm para o mar, e correm para o mar. Estão em constante movimento mas jamais se esvaziam e o mar jamais se enche.

 Não se pode mudar nada. Nunca se consegue, realmente, fazer muita diferença. As coisas vão acontecer quando acontecerem e pouco haverá que se possa fazer para mudar isso. Este é o ponto do Pregador em 3:1-8 quando ele discute como há um tempo para tudo (veja também 3:14 e 8:8). Há muitas coisas importantes sobre as quais não temos, absolutamente, nenhum domínio: o clima, as condições econômicas, a guerra, a doença, a morte, etc. É frustrante estar à mercê de forças externas.

Ž Não se pode prever nada. "Porque este não sabe o que há de suceder; e, como há de ser, ninguém há que lho declare" (8:7). Há tantas incertezas, tantas perguntas sem respostas na vida. Podemos nos juntar a Jó ao perguntar por quê, e acompanhá-lo no passar de muitos dias agonizantes sem nenhuma resposta.

 O mesmo destino para todos. A mesma coisa acontece aos homens bons e aos perversos. "Este é o mal que há em tudo quanto se faz debaixo do sol: a todos sucede o mesmo" (9:1-3). A morte é muito democrática; há uma para todos. Quanto a esta vida, a mesma coisa que acontece conosco acontece aos animais: morremos e nossa carne apodrece (3:18-21). Se a vida atual fosse tudo o que há, nosso fim seria exatamente igual ao dos animais. Que deprimente!

 O acaso governa. "Vi ainda debaixo do sol que não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes, a vitória, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes, o favor; porém tudo depende do tempo e do acaso" (9:11). O sucesso não está sob o nosso comando. O melhor sujeito nem sempre ganha. Às vezes a vitória é apenas uma questão de sorte.

Nenhuma retenção. Aqui nada é durável. Poucos anos depois que morrermos ninguém se lembrará de nós nem se importará conosco. Nosso legado será passado para alguém que não trabalhou por ele e que, conseqüentemente, não o apreciará nem usará como nós o faríamos. "Pois, tanto do sábio como do estulto, a memória não durará para sempre; pois, passados alguns dias, tudo cai no esquecimento. Ah! Morre o sábio, e da mesma sorte, o estulto! ... Também aborreci todo o meu trabalho, com que me afadiguei debaixo do sol, visto que o seu ganho eu havia de deixar a quem viesse depois de mim. E quem pode dizer se será sábio ou estulto? Contudo, ele terá domínio sobre todo o ganho das minhas fadigas e sabedoria debaixo do sol; também isto é vaidade" (2:16, 18-19). O empenho humano não pode ser recordado, retido ou passado a outro.

Nenhuma satisfação. As pessoas freqüentemente pensam, "Se tivéssemos mais um pouco, poderíamos ser felizes." Assim conseguem um pouco mais; porém, ainda estão infelizes. As coisas desta vida nunca satisfazem; nosso vazio sempre fica mais e mais profundo. "Todo trabalho do homem é para a sua boca; e , contudo, nunca se satisfaz o seu apetite" (6:7).

Injustiça. A vida não é justa. Quem consegue o emprego ou a promoção? Muitas vezes é a pessoa que menos merece. Geralmente é preciso menos esforço para criar um problema do que para resolvê-lo. "Qual a mosca morta faz o ungüento do perfumador exalar mau cheiro, assim é para a sabedoria e a honra um pouco de estultícia" (10:1).

Velhice. Eclesiastes 12:2-8 registra uma descrição poética do envelhecimento. Em termos pitorescos, as fraquezas da velhice são descritas: as mãos trêmulas, a postura encurvada, os dentes perdidos, a visão diminuída, a audição debilitada, o sono intermitente, a voz áspera, o cabelo encanecido, o andar desajeitado, etc. Assim, se não morrermos antes, estaremos todos destinados a esse estado débil. Que deprimente!

A Verdadeira Satisfação na Vida

Necessitamos dessa mensagem. É má notícia. Mas precisamos receber as más notícias para procurarmos a cura. Podemos menosprezar o fato da vida ser vazia, podemos ocupar-nos em atividades frenéticas, podemos trombetear em alto som que estamos felizes e satisfeitos, mas não podemos escapar. Buscando sombras incontáveis ficamos cada vez mais vazios. Somente quando reconhecermos a total futilidade de todos os esforços nesta vida, nos voltaremos para aquele que pode dar o significado e a satisfação que buscamos. A vida realmente tem significado, propósito e valor quando nossa meta é servir a Deus. "De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más" (12:13-14). Há um espaço em nossa alma que somente Deus pode ocupar, e nunca estaremos em paz até que permitamos que ele a preencha.

Esta é a mensagem de Eclesiastes. A vida é vazia, a menos que façamos de Deus nossa vida. Ele é a única meta adequada de nossa existência. Sem ele descemos no vazio e no desespero, apesar de todos os esforços para nos enchermos com o mundo. "Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade" (1:2).