10/04/2008

(Romanos 2:1-16)

Justo Juízo de Deus
L endo as fortes palavras do final do capítulo 1, alguns cristãos – especialmente judeus – poderiam ser tentados a concordar com Paulo e condenar “aqueles pecadores” que praticam e aprovam coisas dignas de morte. Esses religiosos facilmente lamentariam o estado depravado dos outros, sem perceber que estavam no mesmo lamaçal do pecado. Nos capítulos 2 e 3, Paulo afirma que o problema do pecado é universal, atingindo igualmente judeus e gentios.
O Perigo de Auto-Justiça
É muito fácil enxergar e condenar as falhas dos outros. O homem que confia na sua própria justiça não reconhece a sua própria necessidade da graça de Deus (1-4). Durante o seu ministério na terra, Jesus batalhava contra a arrogância e auto-justiça de seitas como os fariseus (veja Mateus 23:27-28). Paulo, um ex-fariseu, agora luta contra o mesmo orgulho religioso de seus compatriotas.
A auto-justiça traz conseqüências gravíssimas. Quando a pessoa recusa a ajuda oferecida por Deus, não há outro remédio. Vai caminhando para a morte, incapaz de se livrar dos laços da iniqüidade. Tal pessoa acha algum conforto em ver os pecados maiores dos outros, e não reconhece que o Deus justo rejeitará todos que praticam a injustiça (5-11).
A Justiça de Deus
Ao mesmo tempo que Paulo tira as desculpas das pessoas que se julgam boas, ele oferece esperança. Deus oferece a glória, honra, incorruptibilidade e paz (7,10). Mais adiante explicará melhor as condições para receber essas bênçãos (veja 3:24; 4:16; 5:2; 6:14; 11:6; etc.). Por enquanto, ele simplesmente se refere à bondade, à longanimidade e à tolerância de Deus para com os arrependidos (4). A esta altura, ele enfatiza a igualdade de judeus e gentios. Os pecadores de qualquer nação serão condenados, e os justos de qualquer povo serão glorificados. Deus julgará cada um conforme os seus atos (6), e não mostra acepção de pessoas (11).
A Igualdade de Judeus e Gentios
Os judeus confiaram na lei que Deus lhes deu por intermédio de Moisés. Por terem recebido essa revelação especial, acharam-se superiores aos gentios. Mas possuir a lei não salva. Ser ouvinte da lei não salva. Para serem justificados, teriam de obedecer à lei. Paulo ainda mostrará que nenhum judeu obedeceu a lei perfeitamente. Aqui ele ousa dizer que um gentio que respeite os princípios de justiça, mesmo não tendo a lei escrita, seria aceito por Deus. Tal afirmação seria, para muitos judeus, praticamente blasfêmia! Para apreciar a importância e a necessidade do evangelho, é preciso primeiro descartar falsas bases de confiança. O homem que confia em sua própria justiça não será salvo. A pessoa que se acha segura por fazer parte do povo “escolhido” sofrerá uma grande decepção. Cada um será julgado – não por ser judeu ou gentio – mas de acordo com seu procedimento. O julgamento será feito por um Deus onisciente, usando como base o mesmo evangelho pregado por Paulo (16; João 12:47-48).
O Justo Juiz
Com Deus, não há acepção de pessoas. Pedro entendeu esse fato quando pregou, pela primeira vez, aos gentios (Atos 10:34). Aqui, Paulo reafirmou a mesma verdade quando falou da necessidade universal do evangelho (11). Deus é um juiz justo. Cabe ao homem se conformar com a vontade do Senhor

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