10/04/2008

Romanos 9:1-18)

O capítulo 8 nos assegura do poder e do desejo de Deus de salvar o pecador. Como, então, seria possível algum israelita, alguém do povo escolhido, não ser salvo? Neste capítulo, Paulo mostra por que alguns descendentes (segundo a carne) de Abraão seriam perdidos.
Os Judeus Incrédulos (1-5)
A condição espiritual de alguns parentes de Paulo causou-lhe dor constante. Se fosse possível, ele até daria a sua própria alma para salvá-los (1-3). Mas não podemos tomar decisões por outros, nem obrigar alguém a ser salvo. Os parentes e compatriotas dele eram israelitas. Receberam todas as vantagens dadas por Deus aos judeus. Mesmo assim, não aceitaram a salvação em Cristo (4-5).
Deus Não Falhou (6-13)
O problema não é a palavra de Deus (6). O problema é que alguns israelitas não são israelitas! (7). Aqui Paulo faz a mesma distinção que encontramos em passagens como João 8:39-40,44, Romanos 2:28-29 e Gálatas 3:26-29. Israelitas verdadeiras são os descendentes espirituais (da promessa) de Abraão, e não os descendentes segundo a carne (7-8).
Deus escolheu os filhos da promessa. Escolheu Isaque e Jacó, assim rejeitando Esaú (9-13). Nenhum judeu reclamaria porque Deus escolheu um filho (Jacó) e rejeitou o outro (Esaú). Mas se ele escolher gentios e rejeitar judeus, alguns o acusariam de injustiça!
Deus É Justo (14-18)
Deus tem direito de mostrar misericórdia para qualquer um, conforme a sua própria vontade. Quando ele exerce esse direito, ele continua sendo justo (14-18). Ele não foi injusto por condenar os judeus incrédulos.
Estes versículos são facilmente distorcidos para ensinar que Deus simplesmente decidiu condenar alguns e salvar outros, e que a pessoa não pode fazer nada para efetuar a sua própria salvação. Ironicamente, o contexto argumenta ao contrário. Ao invés de defender um sistema diferenciado em que Deus salva e condena conforme seu próprio capricho, o argumento de Paulo é que ele salva judeus e gentios igualmente. O pecado do homem é culpa do homem (3:23), e a morte do homem é conseqüência do pecado (5:12). A justiça de Deus destruiria todos, se Jesus não tivesse se oferecido para aplacar a ira divina (3:26). Quando Deus mostra a sua misericórdia e salva todos que aceitam o evangelho, ele continua sendo justo. Deus é o mesmo e o evangelho é um só. A diferença se encontra na reação dos homens à mensagem de Deus.
Considere a injustiça dos próprios judeus. Se Paulo tivesse escrito um livro dizendo que os gentios seriam rejeitados como Ismael, Esaú ou o Faraó, os judaizantes não teriam nenhuma diferença com ele. Mas quando ele defendeu a salvação dos gentios nos mesmos termos dos judeus, ficaram totalmente revoltados!

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