10/01/2008

1 Coríntios 8:1 - 9:23

Os irmãos no primeiro século debatiam fortemente a questão de comer carne que tinha sido sacrificada aos ídolos. Uma vez que as festas dos ídolos eram ocasiões sociais importantes, a família e os amigos pressionavam os cristãos para assisti-las. Todos sabiam que um servo de Deus não poderia adorar ídolos, mas assistir a um festival de ídolo era outra questão e alguns dos coríntios acreditavam que era correto fazer isso. Paulo dedicou três capítulos a essa questão crucial. Ele começou mostrando como visitar templos de ídolos poderia "ferir" os demais discípulos e, portanto, ser contrário ao princípio de amar uns aos outros.
Respondendo aos argumentos deles (8:1-13): Paulo citou e refutou argumentos dos coríntios que favoreciam o comer carnes dos ídolos. í "Sabemos que todos temos conhecimento" (8:1 NVI). Os coríntios se orgulhavam do conhecimento e sabedoria que possuíam (capítulos 1-4). Paulo respon-deu que o amor supera o conhecimento, porque enquanto este ensoberbece, o amor edifica. Para visualizar a diferença, pense numa bolha e num edifício. í "Sabemos que o ídolo não significa nada no mundo" (8:4 NVI). O ponto crucial do argumento deles era que não fazia mal assistir a festas de ídolos porque estes não existem. Paulo respondeu dizendo que os ex-idólatras honravam, em seu coração, o ídolo, en-quanto assistiam. î Finalmente, eles diziam que a comida era indiferente para Deus (8:8). Eles estavam insistindo no seu direito de comer o que lhes agradasse, mas Paulo afirmou que o amor, e não a liberdade, deve guiar nossa conduta. O perigo era que o irmão "fraco", induzido pelo exemplo do cristão "forte", entrasse no templo e realmente adorasse o ídolo. Desta forma, este abuso dos "direitos" por parte do irmão forte era capaz de levar o irmão a pecar. Ser culpado de destruir o irmão por quem Cristo morreu é um assunto bem sério.
O exemplo de Paulo (9:1-23): Paulo observou como ele tinha renunciado aos seus "direitos" a favor do evangelho. Ele tinha pleno direito de receber sustento financeiro pela sua pregação, mas se recusava a receber isso deles. Uma vez que ele tinha renunciado ao seu direito de exigir um salário para aliviar a carga deles, certamente eles poderiam renunciar a alguma carne por amor à alma de um irmão fraco. Mais ainda, Paulo renunciou ao seu direito de ser ele mesmo, tornando-se todas as coisas para todos os homens, a fim de que ele pudesse ser mais eficiente no ganhá-los para Cristo. O exemplo de Paulo mostra que nenhuma quantidade de sacrifício próprio é demais. Os coríntios, portanto, deveriam deixar de comer a carne sacrificada aos ídolos por amor aos seus irmãos.

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