11/07/2008

LIVRO DE SOFONIAS

O nome “Sofonias” significa “O Senhor escondeu” , foi um profeta de Judá. Ele se indentificou melhor do que qualquer outro dos profetas menores, remontando sua linhagem quatro gerações até Ezequias, um bom rei que levou o povo de volta a Deus durante o tempo do profeta Isaías. Sofonias foi contemporâneo ao rei Josias e seu parente distante, há uma possibilidade que eram amigos.A intimidade de emoção bom como a familiaridade de lugar, quando Sofonias escreve a respeito de Jerusalém (1.10-11), indicam que ele havia crescido lá. De acordo com o arranjo das Escrituras hebraicas, Sofonias foi o último profeta a escrever antes do कातिवेइरो
Sofonias dá o período de tempo geral do seu escrito como sendo “nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá” (1।1), cerca de 640 a 609 aC. O auge da reforma de Josias foi nos anos 620. Visto que a queda de Nínive em 612 aC ainda não havia acontecido (2.13,15), a maioria dos estudiosos estabelece a data dos ecritos entre 630 3 627 aC. Seus contemporâneos incluem Jeremias e Naum.
Aproximadamente 100 ano antes dessa profecia, o Reino do Norte ( Israel) havia sido derrotado pela Assíria। O povo havia sido levado cativo, e a terra havia sido recolonizada por estrangeiros. Sob o reinado de Manassés e do rei Amom, pai do rei Josias, tributos haviam sido pagos para se evitar que a Assíria invadisse o Reino do Sul.A aliança com a Assíria não somente afetou a Judá politicamente , mas também as práticas religiosas, sociais e de comportamento da Assíria impuseram sua tendências em Judá. Proteção oficial foi dada em Judá para as artes mágicas e adivinhados e encantadores. A religião astral se torno tão popular, que o rei Manassés , construiu altares para adoração do sol, lua , estrelas, signos do zodíaco e todos os astros dos céu, à entrada da Casa do Senhor (2Rs 23.11). A adoração da deusa– mãe da Assíria se tornou uma prática que envolvia todos os membros das famílias de Judá (Jr 7.18). Todavia à medida que o jovem Josias foi tomando conta das rédeas do governo, a ameaça assíria foi diminuindo. O golpe final ao seu poder veio com uma revolta de uma Babilônia em ascensão, que resultou, finalmente, na destruição de Nínive.
Sofonias considerava o desenvolvimento político de Israel, de Judá e todas as nações circunvizinhas da perspectiva de que o povo devia aprender que Deus estava envolvido em todos os assuntos da história। Falando como um oráculo de Deus, ele entende que Deus usa governos estrangeiros pra levar julgamento sobre se rebelde povo escolhido. Sf está apavorado com o fato de que, após a catástrofe das tribos do Norte, o povo de Judá ainda mantinha a absurda noção de que Deus fosse incapaz de fazer bem ou mal ( 1.12).Os escritos de Sofonias tem três componentes: 1) o pronunciamento de um julgamento específico e, freqüentemente, o julgamento universal do pecado; 2) um apelo ao arrependimento, porque Deus é justo e deseja perdoar; 3) uma promessa segundo a qual o restante que fez de Deus seu refúgio será salvo.
O significado do nome de Sofonias “ O Senhor Encobriu” conduz ao ministério de Jesus। A verdade da Páscoa no Egito, onde aqueles que foram encobertos pela marca de sangue nas portas foram protegidos do anjo da morte, é repetida na promessa de 2.3, onde aqueles mansos da Terra que preservaram a justiça de Deus serão encoberto no Dia da ira do Senhor. Cl 3.2-3 explica esse aspecto do ministério de Cristo: “Pensai nas coisas que são de cima e não na que são terra; porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. “O regozijo sobre um restante salvo (3.16-17) está relacionado com a Obra de Jesus. Ele disse:” Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”. (Lc 15.7) A figura de um alegre Redentor que aguarda receber os seus é, novamente, descrita em Hb 12.2.
Jesus disse que uma das obras do ES seria convencer o mundo do julgamento, porque já o príncipe deste mundo está julgado (Jo 16.8-11). Desde a sua vinda, o ES tem estado proclamando ao mundo, como Sofonias fez: “Congrega-te... Antes que saia o decreto, e o dia passe como a palha; antes que venha sobre vós a ira do Senhor”. (2.1-2).Uma obra mais prazerosa do Es é encontrada na promessa de que Deus irá restaurar nos lábio puros, para que todos invoquem o nome do Senhor, para que o sirvam com um mesmo espírito (3.9).

LIVRO DE AGEU

Ageu, cujo nome significa “Festivo”, foi um dos profetas pós-exílicos, um contemporâneo de Zacarias. Ageu tinha as qualidades de um bom pastor. Em encorajador cuja palavra estava em sintonia com o coração do povo e a mente de Deus, ele foi o mensageiro do Senhor, com a mensagem do Senhor, levando ao seu grupo desanimado a segurança da presença de देउस
O ministério de Ageu cobriu um período de um pouco menos de quatro meses, durante o segundo reinado do rei Dario, que governou a Pérsia de 522 a 486 aC, Isso localiza Ageu na história em 520 aC।
Ageu em 520 aC, ajuntou aos exilados que haviam retornada à sua terra natal em 536 aC, para reconstruir o templo do Senhor. Eles haviam começado bem, construindo um altar e oferecendo sacrifícios, estabelecendo, então, o fundamento para a Casa do Senhor no ano seguinte. A construção havia cessado, todavia quando os inimigos zombaram dos esforços dos construtores . Mas, o ministério de Ageu e o de Zacarias fizeram com que o povo se reanimasse e completasse a tarefa em cinco anos. O templo reconstruído foi dedicado em 515 aC
O livro de Ag trata de três problemas comuns a todos os povos em todos os tempos oferecendo soluções inspiradores। O primeiro problema: o desinteresse (1.1-15) Para despertá-los da sua atitude de indiferença, Deus fala duas vezes ao povo. Primeiro, eles precisam perceber que são infrutíferos (1.5-6), porque eles tinham abandonado a Casa de Deus e ido para sua própria casa (1.7-9). Todo esforço deles para construir seu próprio reino nunca produzirá resultados permanentes. Após ver seu problema, o povo, então, precisa entender que Deus irá aceitar o que eles fazem a fim de que Deus seja glorificado, se eles entregarem a ele o que eles têm (1.8)O Segundo problema: Desencorajamento (2.1-9) Ageu leva uma mensagem destinada a tratar decisivamente do desencorajamento. A solução tem duas partes: uma trata do problema urgente; a outra trata de uma solução a longo alcance. Por hora, basta ao povo esforçar-se e trabalhar (2.4). A outra chave para combater o mal é para os construtores saberem que eles estão construindo para o dia em que Deus encher essa Casa com a glória que será maior do que a Glória do templo de Salomão (2.9)O terceiro problemas: Insatisfação (2.10-23) Agora que o povo está trabalhando, eles esperam uma inversão imediata de todos os seus anos de inatividade. Então o profetas vai com uma pergunta aos sacerdotes (2.12-13) acerca das coisas limpas e imundas e da influência deles sobre a outra. A resposta dos sacerdotes é que a imundície é infecciosa, enquanto a santidade não é. A aplicação é obvia: Não espere que o trabalho de três meses desfaça a negligência de dezesseis anos. A próxima palavra do Senhor ao povo é uma surpresa: “Mas desde este dia vos abençoarei” (2.19). O povo precisava entender que as bênçãos de Deus não podem ser ganhas como pagamento, mas vão como dádivas graciosas de um Deus doador. Deus escolheu Zorababel para ser um anel de sela (2.23), isto é, para representar a natureza do servo a ser cumprida, finalmente, no mais importante Filho de Zorababel, Jesus. Notar o nome de Zorobabel em ambas as listas genealógicas dos Evangelhos (Mt 1; Lc 3), indicando que a benção final, a maior delas, é uma Pessoa, seu Filho Jesus Cristo.

LIVRO DE ZACARIAS

Zacarias é um dos livros proféticos do Antigo Testamento, possui 14 capítulos. Conhecido como o profeta da Restauração e Glória, Zacarias provavelmente nasceu na Babilônia. A diferença entre Esdras 5:1, Esdras 6:14 e Zacarias 1:1, pode ser explicada, facilmente. Provavelmente seu pai falecera durante sua infância, e então, seu avó Ido (Neemias 12:4 e 16) o criou.
Assim ele era sacerdote e também profeta. Os três nomes são sugestivos quando reunidos: Zacarias "Jeová lembra" – Baraquias "Jeová abençoa" – Ido "o tempo determinado". Assim, esses três nomes formam uma chave para a interpretação do livro. Notemos as palavras chaves do livro: "zelo"- "zelei" – "grande zelo".
Zacarias era contemporâneo de Ageu, sendo o menor dos dois (Zacarias 2:4). Iniciou seu ministério profético dois meses depois da profecia de Ageu (compare Ageu 1:1 e Zacarias 1:1). Sua missão era a de animar aos desalentados, a quem animava profetizando, em termos ardorosos, da glória que, no futuro, havia de vir à Israel.
Tendo como mensagem principal: "o amor e cuidado de Deus pelo Seu povo", neste livro está o método divino, para animar: desviar o nosso olhar das tristezas do presente, para vermos as glórias do futuro. Zacarias exerceu seu ministério por 3 anos. Dos antigos e inspirados videntes, Zacarias era um dos maiores. Seu 14 capítulos estão repletos das mais notáveis visões do Velho Testamento. Era um grande poeta, e assim um companheiro apropriado para o simples e prático Ageu.
Sinopse
Exortação inicial (Zacarias 1:1-6)
Seção I. Uma série de oito visões
1. O homem entre as murteiras e os cavalos (Zacarias 1:7-17). 2. Os quatro chifres e os quatro carpinteiros (Zacarias 1:18-21). 3. O homem com o cordel de medir (Zacarias capítulo 2). 4. A purificação do sumo sacerdote (Zacarias capítulo 3). 5. O candeeiro de ouro e as duas oliveiras (Zacarias capítulo 4). 6. O rolo volante (Zacarias 5:1-4) 7. A mulher no efa (Zacarias 5:5-11)8. Os quatro carros (Zacarias 6:1-8), e a coroação do sumo sacerdote (Zacarias 6:10-15).
Seção II. A resposta à delegação de Betel acerca dos jejuns. Ao final, os jejuns se converterão em festas, caps. 7-8
Seção III. Predições acerca de um período da história dos judeus e uma visão final do reino de Deus, caps. 9-14
Visão Geral
O livro está dividido em duas partes principais: a primeira recai em 3 seções e a segunda em duas. Abrangem cinco mensagens, separadas e distintas.
O livro não se compõe de profecias já cumpridas, como muitos o desejariam e, na maior parte, sem cumprimento ainda. Mesmo algumas profecias que pareciam cumpridas estão evidentemente só parcialmente cumpridas.
1ª DIVISÃO – APOCALÍPTICA – CAP. 1 – 8
1. Primeira Mensagem – Zacarias 1:1-6Uma chamada fervorosa ao arrependimento. Lembrou os pecados de seus pais, (Zacarias 1:2), do cativeiro que resultou (Zacarias 1:6) e exortou-os a fugir daqueles pecados (Zacarias 1:4). Ao lamentar sua grandeza passada, não devem esquecer a causa. A destacar que tanto juízos como bênçãos nos seguem e nos podem atingir.
2. Segunda Mensagem – Zacarias 1:7 – Cap. 6Oito visões dadas em uma noite, e todas para animação.
I. O lado material da prosperidade futuraa) As murteiras (Zacarias 1:7-17). Israel por baixo, pisado, mas contemplado e lembrado em oração.b) Chifres e ferreiros (Zacarias 1:18-21). Predizendo a derrota dos inimigos de Israel. c) Um cordel para medir (Zacarias 2:1). Revelando a prosperidade gloriosa de Jerusalém como resultado da derrota dos inimigos.
II. O lado espiritual da prosperidade futurad) Josué, o Sumo sacerdote (Zacarias 3:3). Um quadro da corrupção nacional purificada e a restauração da nação ao serviço sacerdotal.e) O castiçal (Zacarias 4:2). Resultando em Israel capacitar-se para ser o luzeiro de Deus ao mundo. f) Rolo voante (Zacarias 5:1-4). Israel torna-se uma força moral no mundo por meio da Palavra de Deus.g) O efa (Zacarias 5:5-11). Aplicação da Lei de Deus. h) Quatro carros (Zacarias 6:1-8). Uma agência trabalhando a favor de Israel.
3. Terceira Mensagem – Zacarias capítulos 7 e 8a) Esta terceira mensagem foi transmitida quase dois anos depois. b) É uma resposta quádrupla a uma inquirição feita por uma comissão de babilônicos, concernente a necessidade de observar certas festas que eles (não Deus) tinham instituído. c) O jejum do quinto mês se referia à destruição do Templo, e o do sétimo mês, ao aniversário da morte de Gedalias (Jeremias 41). d) Primeira resposta (Zacarias 7:1-7)e) Segunda resposta (Zacarias 7:8-14)f) Terceira resposta (Zacarias 8:1-17)g) Quarta resposta (Zacarias 8:18-23)
2ª DIVISÃO – PROFÉTICA – CAP. 9-14
4. Quarta mensagem – Zacarias capítulos 9 a 11
5. Quinta mensagem – Zacarias capítulos 12 a 14a) As profecias desta quarta mensagem tiveram, parcialmente, seu cumprimento (veja Zacarias 9:8).b) As profecias da quinta mensagem visam, totalmente, o futuro. c) As profecias não estão em ordem cronológica.
Concernente ao Rei
a) A vinda do Rei (Zacarias 9:9), somente em parte está cumprida.b) A rejeição do Rei- o preço pago (Zacarias 11:12,13)- o pastor morto (Zacarias 13:6,7)- a dispersão do povo (Zacarias 11:7-11)c) A segunda vinda do Rei (Zacarias 14:3-8)d) As vitórias do Rei (Zacarias 9:8 – Zacarias 12:1-9 e Zacarias 10:14 – Zacarias 13:1-5)e) O programa do Rei (Zacarias 9:10-17 – Zacarias 10 – Zacarias 14:9-21)
Curiosidades
Como Ageu, Zacarias viu a condição pecadora e a indiferença espiritual de seu povo, contra as quais dirigiu comovedoras exortações que ajudaram na reconstrução do templo, deixando uma mensagem consoladora de esperança futura: "quando a tarde chegar, haverá luz" (Zacarias 14:7).
Mas sua profecia teve um alcance maior, porque, graças a Deus, ele olhou através dos tempos e recebeu o prêmio de ver a vinda do Messias soberano e o amanhecer de um dia mais brilhante para Sião.
Elemento messiânico
O Messias soberano1. A primeira vinda em humildade (Zacarias 9:9). 2. O príncipe de Paz (Zacarias 9:10). 3. Crucificado (Zacarias 12:10). 4. Um pastor esquecido por suas ovelhas (Zacarias 13:7)
A destacar
1. O segredo de êxito em empreendimentos espirituais (Zacarias 4:6-10). 2. A vinda do Príncipe de Paz (Zacarias 9:9-10). 3. A fonte de purificação (Zacarias 13:1).

11/05/2008

MALAQUIAS

O pequeno livro de Malaquias está cheio de pregação clara sobre os erros das pessoas que estavam decaindo para a hipocrisia e o ritual vazio. Malaquias mostrou a necessidade deles servirem a Deus com o coração, oferecendo-lhe o que tinham de melhor. Ele condenava seus rituais ocos, seus sacrifícios maculados e seus sacerdotes corruptos. Em Malaquias 2:13-16, ele os repreendia pelo tratamento áspero dado às esposas, ao abandonarem a aliança matrimonial. Deus, que é testemunha dos votos de todo casa-mento lícito, responsabilizou-os por quebrar esta aliança. Suas palavras são absolutamente claras: "Eu odeio o divórcio; eu odeio o homem que faz uma coisa tão cruel assim. Portanto, tenham cuidado, e que ninguém seja infiel à sua mulher" (2:16).Malaquias lembra-nos aqui que a vontade de Deus, a respeito do casamento, sempre foi a mesma. Enquanto alguns podem procurar justaficativas baseadas nos abusos que eram tolerados durante a era patriarcal, ou sob a lei de Moisés, Jesus nos diz que a vontade básica de Deus sempre foi a mesma: "Não tendes lido que o Criador, desde o princípio os fez homem e mulher, e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? . . . Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem" (Mateus 19:4-6).Hoje, o mundo está cheio de pessoas procurando justificar a própria crueldade do divórcio que Deus condenou francamente. Alguns argumentam que divórcio é melhor do que sofrer as dificuldades de um casa-mento problemático, mas Deus diz que odeia o divórcio. Muitos alegam que o divórcio é a melhor opção quando o sentimento de amor diminui, ou quando conflitos e diferenças aparecem, mas Deus diz que ele odeia o divórcio.Problemas aparecerão em qualquer casamento. O processo de moldar duas personalidades em uma só carne não é fácil, nem indolor. Mas casais tementes a Deus que abordarem o casamento como um compromisso absoluto com o Senhor e de um com o outro encontrarão o auxílio necessário para suportar toda a tentação e provação (veja 1 Coríntios 10:13) para terem um casamento que durará toda a vida. Isto é o que Deus quer para que possamos ser verdadeiramente felizes, nesta vida e pela eternidade!

10/30/2008

Mateus 1

1:1-17
A genealogia de Jesus: de Abraão até Jesus.
**Obs.: Esta genealogia é diferente, mas não contradiz, a genealogia de Lucas 3. Mateus destaca a posição de Jesus em relação aos hebreus, enquanto Lucas começa com Adão e mostra o relacionamento de Jesus com todos os homens. Uma explicação comum e provável é que Mateus traçou a linha através do pai (José) e que Lucas seguiu a linha de descendência da mãe (Maria). Assim, Mateus apresentou o lado legal e Lucas o aspecto biológico da linhagem de Jesus.
**Obs.: Esta lista inclui cinco mulheres:
Tamar (que fingiu ser prostituta e concebeu gêmeos do próprio sogro).
Raabe (a prostituta poupada na destruição de Jericó).
Rute (viúva moabita que casou com Boaz).
Bate-Seba (não chamada por nome, mas era a mulher de Urias que cometeu adultério com Davi).
Maria (virgem que concebeu pelo Espírito Santo).
1:18-25
Maria, desposada com José, ficou grávida pelo Espírito Santo.
José, achando que ela tinha cometido imoralidade com outro homem, ia rejeitá-la.
Um anjo do Senhor explicou o que tinha acontecido, e falou para que ele não fizesse isso.
O filho teria o nome de Jesus (o Senhor salva).
Seria chamado, também, Emanuel (Deus conosco) para cumprir a profecia de Isaías 7:14.
José foi obediente e não rejeitou Maria. Não teve relações íntimas com ela antes do nascimento de Jesus.

Mateus 2

2:1-12
Jesus nasceu em Belém, ao sul de Jerusalém, nos dias do rei Herodes.
**Obs.: Herodes, o Grande, reinou de 37 a 4 a.C. e foi conhecido por sua crueldade e paranóia. A idéia de um futuro rei nascer no território dele o deixou apavorado, como veremos neste capítulo.
Vieram "magos" do Oriente (provavelmente semelhantes aos magos e encantadores do livro de Daniel).
Eles buscaram revelações no lugar errado (olhando para as estrelas), mas Deus o conduziu à verdade (revelada nas Escrituras–versículos 5 e 6) e na pessoa de Jesus (versículos 9-11).
Quando Herodes ouviu falar de outro rei, ele ficou perturbado e começou procurar uma maneira de eliminar esta "ameaça" ao seu poder.
Os sacerdotes e escribas ajudaram os magos, citando a profecia de Miquéias 5:2 sobre o nascimento do Cristo em Belém.
**Obs.: A profecia citada foi feita aproximadamente 700 anos antes do nascimento de Jesus. De todos os lugares em Israel, a pequena aldeia de Belém foi escolhida como o lugar onde Jesus nasceria.
Herodes perguntou sobre este rei dos judeus, fingindo que queria honrá-lo.
Os magos foram até Belém e entraram na casa onde Jesus estava.
**Obs.: A visita dos magos não aconteceu ao mesmo tempo da visita dos pastores (veja Lucas 2). Os magos foram algum tempo depois, até talvez dois anos mais tarde. A família de Jesus já estava numa casa, e Herodes achou necessário matar crianças até dois anos depois de perguntar para os magos sobre a aparição da estrela (versículo 7).
Obedecendo a advertência divina, os magos não voltaram para Jerusalém e não falaram mais para Herodes sobre Jesus.
2:13-18
Deus mandou que José levasse Jesus e Maria para o Egito.
Ficaram no Egito até a morte de Herodes (que aconteceu nos primeiros três anos da vida de Jesus).
Herodes mandou matar todos os meninos de Belém de dois anos para baixo.
2:19-23
Depois da morte de Herodes, um anjo de Deus apareceu a José num sonho, e mandou que ele voltasse para a terra de Israel.
José fez o que Deus mandou, e foi guiado até a Galiléia.
O novo rei foi Arquelau, filho de Herodes, o Grande. Arquelau reinou de 4 a.C. a 6 d.C.
José levou sua família para morar em Nazaré.

Mateus 3

3:1-10
João Batista começou seu ministério, pregando no deserto da Judéia.
A pregação dele incluiu dois temas principais (veja a mensagem de Jesus em 4:17):
(1) O arrependimento.
(2) A chegada iminente do reino dos céus.
João veio como precursor de Jesus, cumprindo a profecia de Isaías 40:3.
**Obs.: A citação de Isaías 40:3 aqui (3:3) é importante. João veio para preparar o caminho do Senhor (Jesus). Na profecia original, a palavra "Senhor" é o tetragrama (YWHW) que é usado como um dos nomes mais comuns de Deus (traduzido como Senhor, Jeová, etc.). É uma de muitas provas bíblicas da divindade de Jesus. As pessoas hoje que negam a divindade de Jesus não aceitam o que a Bíblia afirma: Jesus é Jeová! (Para uma explicação mais completa deste ponto, veja o livrete "Jesus e a Natureza de Deus").
O "jeito" de João Batista foi diferente, até estranho. Mas, não devemos nos preocupar com a aparência ou o jeito do mensageiro. Devemos julgar pela fonte da mensagem.
Muitos judeus saíram para serem batizados por João no rio Jordão.
João questionou os motivos deles e ensinou que devessem produzir "frutos dignos de arrependimento". Ele deixou claro que ninguém seria salvo por meramente ser judeu.
**Obs.: O arrependimento é uma decisão de mudança, que deve ser acompanhado pelos frutos que mostram a sinceridade da decisão.
As árvores que não produzem bons frutos seriam cortadas e lançadas ao fogo.
3:11-12
João frisou um ponto muito importante: a superioridade de Cristo.
(1) João não era digno de levar as sandálias de Jesus (serviço de escravo)
(2) João não possuiu o poder que Jesus tem. João tinha poder para batizar nas águas, mas Jesus batizaria com o Espírito Santo e com fogo.
**Obs.: Os comentários de João em 3:11 sobre os batismos têm sido usados para defender várias idéias erradas sobre o batismo com o Espírito Santo. Preste atenção neste trecho para observar:
(1) Que João não está dizendo que o batismo com o Espírito Santo é mais importante do que batismo nas águas. A comparação não está entre batismos, e sim entre pessoas. João tinha poder sobre um pouco de água. Jesus tem poder sobre o Espírito Santo e sobre o fogo.
(2) O sentido de "fogo" neste contexto. Muitas pessoas associam o fogo daqui com as "línguas, como de fogo" do dia de Pentecostes (Atos 2:3). Mas o contexto de Mateus 3 mostra que o batismo com fogo é o castigo eterno dos malfeitores (leia, de novo, 3:10 e 3:12).
3:13-17
Jesus foi da Galiléia ao rio Jordão para ser batizado por João.
A conversa entre João e Jesus destaca um fato importante: o propósito do batismo de Jesus era diferente do que o dos outros que foram batizados. Jesus não tinha pecado, mas se batizou para "cumprir toda a justiça", obedecendo a vontade do Pai para trazer a salvação aos homens pecadores.
Logo após o batismo de Jesus, encontramos três pessoas divinas fazendo coisas diferentes em lugares diferentes ao mesmo tempo:
- Jesus saiu da água.
- O Espírito desceu como pomba.
- Deus Pai falou do céu.
Jesus se mostrou obediente, e o Pai declarou sua satisfação com ele: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo."

Mateus 4

4:1-11
Depois de ser batizado, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, onde ficou 40 dias em jejum.
O diabo, aproveitando o estado enfraquecido de Jesus, apareceu para o tentar.
As tentações nesta ocasião foram três:
(1) Tornar pedras em pão
(2) Lançar-se do pináculo do templo
(3) Adorar ao diabo para receber todos os reinos
As respostas de Jesus foram sempre das Escrituras, que Jesus usou como a fonte da qual aprendemos a vontade de Deus.
**Obs.: O diabo se mostrou esperto, e também começou a usar as Escrituras para tentar Jesus. Hoje, muitas pessoas usam as Escrituras, tirando algum versículo do contexto e interpretando-o de uma maneira errada, para apoiar doutrinas falsas. Tais professores aprenderam bem do diabo!
A terceira tentação ofereceu para Jesus um atalho ao seu alvo. Jesus veio para ser rei, para ter toda autoridade. Mas, o caminho escolhido por Deus envolveria muito sofrimento e dor. O diabo ofereceu um atalho. O fim não justificou o meio errado. Jesus ficou firme na sua determinação de fazer a vontade do Pai.
**Obs.: A resposta de Jesus no versículo 10 é importantíssima para entender questões sobre louvor e divindade. Somente Deus merece adoração. Homens e anjos recusaram a adoração em outras ocasiões. O fato que Jesus, com pleno entendimento deste fato, aceitou a adoração diversas vezes mostra que ele se considerou divino. Jesus é Deus.
4:12-17
Quando João Batista foi preso, Jesus saiu da Judéia e voltou para a Galiléia. Ele mudou para a cidade de Cafarnaum.
Ele começou a pregar naquela região, repetindo a mesma mensagem que João pregava (veja 3:2).
4:18-22
Jesus chamou os primeiros quatro seguidores:
Simão Pedro
André
Tiago (filho de Zebedeu)
João (filho de Zebedeu)
Eles deixaram as redes (eram pescadores) e foram imediatamente com Jesus para se tornarem pescadores de homens.
**Obs.: Quando estudamos os quatro relatos do evangelho, é interessante colocar algumas coisas na seqüência da história. Dá para ver como João preparou o caminho de Jesus, até o apresentando aos discípulos dele. Depois, quando Jesus chamou, eles estavam prontos a seguir.
4:23-25
Jesus ficou bem conhecido nas regiões de Galiléia, Síria, etc. Ele estava pregando o evangelho e curando os enfermos.

Mateus 5

5:1-12
Jesus começa o mais famoso sermão da história com as "bem-aventuranças", uma série de afirmações sobre as qualidades do verdadeiro discípulo de Cristo.
Algumas observações ajudarão no estudo deste trecho:
(1) Ele quer que desenvolvamos todas estas características. Esta mensagem não é um tipo de "restaurante por kilo" onde cada pessoa escolhe a qualidade que mais lhe agrada. O servo do Senhor precisa manifestar todas estas qualidades.
(2) Jesus começa com o coração. Diferente de muitas pregações de hoje que começam com regras de comportamento, Jesus começa com o coração. Atingindo o coração do discípulo, ele causará mudanças radicais no comportamento. A mensagem de Cristo age de dentro para fora.
(3) Jesus está falando de qualidades espirituais. As bem-aventuranças não tratam de fome e sede físicas, mas de fome e sede de justiça.
5:13-16
Jesus utiliza aqui duas ilustrações para falar sobre o efeito do discípulo no mundo:
(1) Sal da terra. O sal conserva. O cristão traz uma qualidade diferente ao mundo, que serve para conservar e salvar almas.
(2) Luz do mundo. A luz ilumina e expele a escuridão. A vida do cristão no mundo de trevas é assim.
**Obs: Obras para ser vistas? Alguém poderia interpretar versículo 16 para dizer que devemos chamar atenção às nossas boas obras. Mas, ele mostra no início do capítulo 6 que não é o sentido. Nunca devemos fazer as coisas com o intuito de sermos vistos por homens mas, ao mesmo tempo, não é possível esconder as boas obras feitas por servos fiéis.
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Leia mais:
Para um estudo bem mais profundo do sermão do monte, veja o livro O Sermão da Montanha (E2), escrito por Paul Earnhart. (Ainda não disponível na Internet)

Mateus 5:17-48
5:17-20
Obs.: Jesus já havia se tornado uma figura polêmica, e faz questão de esclarecer alguns pontos importantes antes de entrar numa série de contrastes. Muitas pessoas da época respeitavam os fariseus como fiéis defensores da lei do Velho Testamento (dada por Deus através de Moisés). Jesus já tinha discutido diferenças com os fariseus em várias ocasiões, principalmente sobre o sábado. Antes de desafiar diretamente os ensinamentos deles, ele quer deixar bem claro que ele respeita totalmente a vontade do Pai, o qual revelou a lei do Velho Testamento.
Ele veio para cumprir, não revogar. A lei de Moisés preparou o povo para a vinda de Jesus. Estava cheia de sombras, tipos e profecias sobre o Messias. Jesus não ia negar nem jogar fora aquelas palavras significantes. Ele veio para cumprir o propósito da lei, e trazer a solução para o problema que a lei revelou nitidamente: o pecado.
Nada passaria até cumprir tudo.
Obs.: Muitas pessoas esquecem do significado da palavra "até". A mesma palavra grega é usada em Mateus 1:25 (traduzida "enquanto" na RA2 e "até" na RC e na BLH). Mateus 1:25 não afirma que Maria permaneceu virgem para sempre, mas que ela não teve relações com o marido até o nascimento de Jesus. De semelhante modo, Mateus 5:18 não está dizendo que a lei de Moisés continua em vigor para sempre, mas que nenhuma palavra dela passaria até que tudo se cumprisse. Jesus veio para cumprir a lei, e não removeria nenhuma palavra dela antes de cumprir esta missão.
Jesus não estava contradizendo a lei, nem incentivando outros a rejeitá-la. Ele mesmo guardou os mandamentos.
Mas, ele chamou seus discípulos a praticar uma justiça maior que a dos fariseus e escribas. A série de contrastes que segue mostra a diferença entre os ensinamentos de Cristo (nos quais ele vai ao coração do servo) e os dos fariseus e escribas (os quais inventaram muitas regras externas sem respeitar os princípios maiores da lei).
5:21-26
Tradição dos fariseus: Não pode matar, mas pode odiar.
Palavra de Jesus: Nem pode odiar; precisa resolver diferenças com outros.
5:27-32
Tradição dos fariseus: Não pode cometer o ato de adultério.
Palavra de Jesus: Além de não cometer o ato de adultério, precisa evitar outras formas do mesmo pecado: (1) Pensamentos impuros; (2) Adultério "legalizado" pelos homens na forma de casamentos ilícitos.
5:33-37
Tradição dos fariseus: Se usar o nome de Deus, tem que cumprir seu juramento.
Palavra de Jesus: Fale a verdade sempre, não procurando alguma saída através de juramentos menos solenes.
5:38-42
Tradição dos fariseus: Pratique a vingança justa.
Palavra de Jesus: Não se vingue.
5:43-48
Tradição dos fariseus: Ame ao próximo e odeie seu inimigo.
Palavra de Jesus: Ame a todos, até aos inimigos.

Mateus 6

6:1-8
Jesus entra numa nova parte da mensagem, falando sobre o perigo de fazer as nossas obras para sermos vistos por homens. Ele não está dizendo que o discípulo esconderá todas as boas coisas que faz (compare 5:16), mas que nunca devemos fazer as coisas apenas para sermos vistos por homens. Devemos servir a Deus, e nos comportar de uma maneira agradável a ele.
Esmolas devem ser dadas para servir a Deus e para ajudar aos necessitados, não para glorificar a pessoa que dá.
Orações devem ser dirigidas a Deus, não aos homens. Aqui, ele não está condenando orações feitas em público e nem está sugerindo que a oração não terá algum benefício para os ouvintes (compare João 11:41-42). Ele está criticando as orações feitas para impressionar os homens, ao invés de comunicar com Deus.
Jesus inclui nesta advertência algumas práticas comuns na época: (1) a tendência de alguns judeus de fazer orações na rua para serem vistos dos homens, e (2) a prática de alguns gentios (pagãos) de usar muitas vãs repetições nas orações.
**Obs.: Algumas pessoas, determinadas a fazer regras onde Jesus faz apelos aos corações, têm distorcido a mensagem do versículo 5. Inventam regras dizendo que é pecado orar em pé, mas isso não é o ponto de Jesus. Em Lucas 18:13-14, o homem justificado orou em pé.
6:9-13
Jesus ofereceu um exemplo de como orar. Ele não estava sugerindo que usássemos as mesmas palavras ou que repetíssemos sempre a mesma oração (lembra-se do versículo 7). Mas, nesse exemplo, ele mostra o respeito que devemos mostrar e dá exemplos das coisas que podemos incluir em nossas orações. Considere os elementos básicos dessa oração:
Expressão de reverência e louvor para com Deus.
Ênfase na vontade de Deus acima da nossa.
Reconhecimento da nossa dependência de Deus pelas necessidades do dia-a-dia.
Pedidos de ajuda na vida espiritual (perdão dos pecados e proteção das tentações)
**Obs.: Aprendemos como orar. A oração é nossa comunicação com Deus (e o estudo da Bíblia é a comunicação dele conosco). Para comunicar bem com Deus, devemos aprender das orientações dadas por Jesus, aquele que havia comunicado com o Pai desde eternidade.
6:14-15
A importância de perdão. O ensinamento de Jesus sobre perdão é absolutamente claro. Se não perdoarmos às pessoas que nos ofendem, não seremos perdoados por Deus (veja 18:21-35).
6:16-18
Jesus ensinou que jejuns não devem ser feitos para ser vistos por homens. Ao invés de chamar atenção ao sofrimento durante o jejum, a pessoa deve agir de uma maneira que ninguém perceba que está de jejum.
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Leia mais:
"Senhor, Ensina-nos a Orar"
Veja, também, uma série de artigos com o mesmo título na revista Andando na Verdade, a partir do primeiro trimestre de 2000 (Ano 2, Número 1).
O Que Significa Perdoar
Deveriam os cristãos jejuar?

Mateus 6:19-34
6:19-23
Jesus introduz seu discurso sobre prioridades desafiando cada discípulo a examinar seu coração e sua maneira de olhar para as coisas da vida. Temos que ser pessoas espirituais, depositando nossos tesouros no céu.
6:24-34
Cada servo precisa escolher entre dois possíveis senhores.
Se optarmos servir às riquezes, não seremos servos de Deus.
O problema de servir às riquezas não é só dos ricos. Até os pobres, na ansiedade sobre as necessidades da vida cotidiana, facilmente acabam servindo as riquezas.
O mesmo Deus que cuida das plantas e dos passarinhos cuidará de nós, se servirmos a ele de coração.
Jesus proíbe a ansiedade (veja Filipenses 4:6-7).
Ele exige que busquemos em primeiro lugar o reino de Deus. Fazendo assim, teremos as necessidades da vida.
**Obs.: Ele não sugere a busca do reino como meio de adquirir bens materiais. Muitas pessoas hoje não estão buscando o reino de Deus e sua justiça, e sim, o reino do "eu" e seu dinheiro. Entram numa igreja, não para servir a Cristo, mas para resolver problemas financeiros, de saúde, etc. E, infelizmente, muitos pastores são lobos vorazes aproveitando a fraqueza de tais pessoas. Jesus nos chama para outras prioridades. Vamos seguí-lo.

Mateus 7

7:1-5
Jesus condena o julgamento hipócrita. Não devemos condenar as falhas dos outros e defender os nossos próprios erros. Para ilustrar o ponto, Jesus usa uma figura engraçada de uma pessoa tentando tirar uma coisa insignificante do olho do outro quando ela mesma tem um grande pedaço de madeira no próprio olho.
**Obs.: O versículo 1 é, freqüentemente, usado para dizer que nunca devemos criticar ou julgar nada, e que não devemos dizer que uma pessoa está errando. Não é o ponto, como fica claro no próprio contexto e em outros trechos bíblicos. Mateus 7:6 exige julgamento para identificar cães e porcos. 7:15-20 exige julgamento pelos frutos para identificar falsos profetas. 1 Tessalonicenses 5:20-21 diz que devemos julgar todas as coisas. Jesus não condenou o julgamento (discernimento) de coisas nem de pessoas. Ele proibiu o julgamento hipócrita para destruir ou condenar.
7:6
Quando pessoas claramente mostram desdém pelo evangelho, não devemos continuar insistindo e forçando-as a aceitar a palavra. Algumas pessoas, cauterizadas pelo pecado, não conseguem apreciar o grande valor da palavra de Deus.
7:7-12
Deus nos assegura do poder do Deus que ouve as nossas orações. Ele ouve e responde.
**Obs.: Isso não quer dizer que ele sempre dará a resposta que queremos. O mesmo Deus que deixou o Filho beber o cálice de sofrimento (Mateus 26:36-46) e que deixou Paulo sofrer com seu espinho na carne (2 Coríntios 12:7-10), pode achar melhor não dar o que pedimos. Ele faz melhor ainda: ele dá o que precisamos!
**Obs.: Estes versículos são usados, muitas vezes, para defender o "evangelho da prosperidade", ou seja, a doutrina popular e errada que Deus quer a prosperidade financeira e a boa saúde física de todos os fiéis. O próprio contexto é suficiente para provar que não é o ponto. Jesus mesmo condenou a busca de riquezas e pregou o contentamento (Mateus 6:19-21,25,31-34).
7:13-27
O discípulo de Cristo escolhe entre:
(1) Duas estradas (13-14).
(2) Dois tipos de profetas ou professores (15-23).
(3) Dois fundamentos (24-27).
**Obs.: Entre as muitas lições deste trecho, encontramos os seguintes pontos importantes:
(a) Jesus ensinou sobre uma separação eterna que depende da escolha de cada pessoa.
(b) Existem falsos profetas, que se disfarçam em ovelhas, que podem ser julgados pelos ensinamentos.
(c) Algumas pessoas chegarão ao julgamento final, confiantes da salvação, só para serem rejeitadas por Jesus.
(d) A única maneira de ter segurança espiritual é edificar a vida sobre o alicerce da palavra de Deus.
7:28-29
A mensagem conhecida como o sermão do monte é maravilhosa. A pessoa que a pregou é maior ainda!

Mateus 8

8:1-4
Depois do sermão do monte, multidões seguiram a Jesus.
Um leproso veio a Jesus e foi curado.
**Obs.: O leproso adorou a Jesus. Jesus entendeu bem que a adoração pertence somente a Deus (4:10). Bons homens e anjos recusaram tal adoração (Atos 10:25-26; 14:11-18; Apocalipse 22:8-9). Quando Herodes aceitou a glória que pertencia a Deus, ele foi ferido por um anjo do Senhor (Atos 12:12-23). Jesus não recusou a adoração, e ainda foi exaltado pelo Pai. Existe apenas uma possível explicação: Jesus é divino; ele é Deus.
**Obs.: Durante sua vida aqui, Jesus obedeceu a lei de Moisés e ensinou que outros fizessem a mesma coisa. Aqui, ele enviou o homem curado a fazer a oferta que a lei exigia.
8:5-13
Voltando para Cafarnaum, Jesus encontrou um centurião que veio pedindo que ele curasse seu servo paralítico.
Jesus falou que iria até à casa dele, mas o centurião demonstrou entendimento e fé no poder da palavra de Jesus. Jesus elogiou a fé dele, e curou o servo de longe.
**Obs.: O significado dos versículos 11 e 12, provavelmente, passou despercebido pelo povo. Jesus predisse a inclusão dos gentios no reino dele, mas os judeus continuaram pensando em termos nacionais.
8:14-17
Jesus curou a sogra de Pedro.
**Obs.: Pedro já era casado. Paulo disse em 1 Coríntios 9:5 que os outros, também, eram homens casados. Uma das qualificações de presbíteros ou pastores (mas não de apóstolos, 1 Coríntios 7:8) é que eles sejam casados (1 Timóteo 3:2; Tito 1:6). Pedro, mais tarde, serviria como presbítero (1 Pedro 5:1).
Jesus realizou várias outras curas.
**Obs.: O comentário no versículo 17 tem sido usado para sugerir que Jesus veio para curar enfermos. Mas, no contexto dos evangelhos e dos outros livros do Novo Testamento, percebemos que o argumento de Mateus aqui é um pouco mais complexo. Isaías 53:4 está falando sobre o sacrifício de Jesus para curar a doença espiritual do homem. As curas físicas serviam para demonstrar o poder dele, assim confirmando a palavra que ele pregou. Jesus mesmo nos dá esta explicação em 9:18, que fará parte do nosso próximo estudo. O ponto é este: as curas e os outros milagres de Jesus tiveram um papel secundário no trabalho dele, mostrando sua capacidade de cumprir seu principal objetivo: vencer o diabo, o pecado e a morte que vem por causa do pecado.
8:18-22
Jesus mostrou que não é fácil ser discípulo dele. Muitas pessoas falam da boca para fora sobre seu desejo de servir a ele. Jesus enfatizou as dificuldades do caminho para desafiar cada pessoa a fazer os sacrifícios necessários para seguí-lo.
8:23-27
Jesus dormia no barco durante um temporal que assustou os discípulos.
Quando eles o acordaram, Jesus os repreendeu e, depois, acalmou o mar.
Eles ficaram admirados, pois este milagre mostrou seu poder sobre uma coisa muito maior (fisicamente) do que ele.
**Obs.: Este capítulo contém dois milagres extraordinários, mostrando que Jesus dominava não apenas doenças de indivíduos, mas também tinha poder a longa distância e sobre a própria natureza.
8:28-34
Jesus chegou ao outro lado do mar da Galiléia, à região de Decápolis.
Dois endemoninhados saíram ao seu encontro, e gritaram para ele.
**Obs.: Os relatos de Marcos e Lucas falam de um endemoninhado, enquanto Mateus afirma que houve dois. Algumas pessoas citam casos como este para sugerir que há contradições entre os evangelhos. Mas o que encontramos aqui é uma diferença em ênfase, e não uma contradição. Marcos e Lucas falam sobre um, mas não dizem que houve apenas um. Talvez um dos dois era mais conhecido pelo povo, e eles não comentam sobre o companheiro. Mateus, neste caso, fornece um detalhe a mais.
Os demônios pediram que ele não os lançasse fora (para o abismo, Lucas 8:31). Pediram que ele os mandasse para uma manada de porcos.
Jesus fez isso, e os porcos se jogaram no mar e morreram.
As pessoas da cidade ficaram sabendo desse milagre e pediram que Jesus saísse da terra deles.
**Obs.: Os gadarenos mandaram Jesus embora. Pode ser que temiam o poder do Santo de Israel no meio deles, um povo pecaminoso. Pode ser que meramente não queriam perder mais dinheiro por causa dele (imagine o valor da manada de porcos que já perderam). Eles não aceitaram Jesus. Marcos (5:18-20) e Lucas (8:38-39) dizem que Jesus deixou o homem curado para trás para testemunhar àquele povo.

Mateus 9

9:1-8
Jesus voltou para Cafarnaum.
Um paralítico foi levado a Jesus para ser curado.
Ao invés de falar sobre a enfermidade física do homem, Jesus disse: "Estão perdoados os teus pecados".
Os escribas o acusaram de blasfêmia, pois somente Deus pode perdoar pecados (veja Marcos 2:7).
**Obs.:Na sua discussão com os escribas, Jesus não negou a sua própria divindade. Ele deixou bem claro que ele tem poder para perdoar pecados.
**Obs.: A cura física aqui serviu para demonstrar seu poder para curar doenças espirituais. Jesus é capaz de perdoar pecados.
9:9-13
Jesus chamou Mateus, um cobrador de impostos, para ser discípulo dele.
Jesus comeu na casa de Mateus, e foi criticado pelos fariseus.
Ele disse que veio para procurar os pecadores, e não os justos.
9:14-17
Os discípulos de João perguntaram sobre o jejum, e Jesus disse que os discípulos dele ainda não tinham motivo para jejuar, pois ele estava presente.
Com duas ilustrações (pano e odres), ele mostrou que os ensinamentos dele nunca poderiam caber nos costumes antigos conhecidos pelo povo. Jesus trouxe coisas novas, até radicais.
9:18-26
Um chefe da sinagoga, Jairo (veja Marcos 5:22-24), pediu que Jesus fosse para salvar a sua filha.
Jesus foi, mas demorou porque uma mulher tocou na veste dele para ser curada de uma enfermidade que havia a perturbada durante 12 anos. Jesus elogiou a fé dela.
Chegando na casa do chefe, Jesus disse que a menina não estava morta. As pessoas riam-se dele.
Jesus ressuscitou a menina.
9:27-34
Jesus curou dois cegos, e mandou que eles não falassem com ninguém. Eles, porém, saíram espalhando a notícia da cura.
Jesus expulsou um demônio de um mudo, e os fariseus alegaram que o próprio diabo deu-lhe este poder.
**Obs.: Esta acusação surgirá outras vezes. Veremos a resposta de Jesus no capítulo 12.
9:35-38
Jesus viu as multidões e teve compaixão das pessoas perdidas, como ovelhas sem pastor. Ele comentou sobre a grande seara e a necessidade de trabalhadores.
**Obs.: Hoje, devemos ter a mesma compaixão e orar diligentemente que Deus mande trabalhadores para a seara.
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Mateus 10

10:1-4
Jesus escolheu doze dos seus discípulos (seguidores) para serem apóstolos (enviados).
10:5-15
Ele os orientou, dando uma "comissão limitada" a eles.
Eles foram enviados aos judeus, para pregar o evangelho do reino e realizar milagres.
Ele proibiu que levassem seu sustento, dizendo que o trabalhador é digno do seu alimento.
Ele mandou que sacudissem o pó dos pés se a palavra for rejeitada em algum lugar.
**Obs.: As instruções de Jesus aos apóstolos antes de sua ascensão são geralmente conhecidas como a "grande comissão" (veja Mateus 28:18-20). Nela, os apóstolos foram enviados ao mundo. Nesta comissão limitada, eles foram enviados somente aos judeus.
10:16-23
Jesus os avisou que o trabalho seria difícil e que enfrentariam perseguições e rejeição.
10:24-33
A perseguição era coisa normal, como a própria vida de Jesus demonstrou.
Mas, ele os consolou, dizendo que Deus nunca esqueceria deles.
10:34-39
Jesus mostrou um lado da pregação do evangelho que é importante e freqüentemente esquecido: a palavra de Deus causa separação e divisão, até entre famílias.
Temos que amar a Jesus acima de família, e tomar a cruz para o seguir.
10:40-42
Mas, por outro lado, as pessoas que recebem e apóiam os servos de Deus receberão a recompensa de Deus.

Mateus 11

11:1-6
Jesus enviou os apóstolos para pregar e ele, também, saiu para pregar em várias cidades.
João Batista ouviu sobre Jesus e seu trabalho, e enviou seus discípulos para perguntar se ele era, de fato, o Messias.
Jesus respondeu com as provas do seu próprio trabalho: os milagres e o fato que o evangelho foi pregado aos pobres.
**Obs.: João, sofrendo por causa do evangelho, enfrentou algumas dúvidas. Talvez achou que Jesus estava demorando para cumprir sua missão. A resposta de Jesus relembrou João das profecias importantes do Velho Testamento, mostrando que Jesus estava, de fato, cumprindo seu propósito.
11:7-19
Jesus aproveitou a ocasião para falar sobre o trabalho de João.
Depois desses comentários, ele falou sobre a atitude do povo, que rejeitou João e também rejeitou Jesus. Os dois vieram com estilos bem diferentes, e os judeus recusavam ouvi-los.
11:20-24
Jesus deu advertência forte às cidades que não aceitaram o evangelho, dizendo que seriam julgadas pela descrença.
11:25-30
Jesus agradeceu ao Pai por ter se revelado (através dele) aos pobres e humildes.
Jesus convidou os cansados e sobrecarregados ao descanso que ele oferece.

Mateus 12

12:1-8
Os fariseus criticaram os discípulos de Jesus por colher espigas para comer no sábado.
Jesus respondeu à crítica com vários argumentos:
(1) Davi e seus homens comeram os pães da proposição, mas isso não era lícito.
(2) Os sacerdotes, sob a lei de Moisés, trabalham ao sábado, assim "violando" a lei sem culpa.
(3) Deus dá mais importância à misericórdia do que aos holocaustos.
(4) Jesus é senhor do sábado (e, também, maior que o templo).
**Obs.: O argumento de Jesus sobre Davi e os pães de proposição é difícil de entender. Qual o sentido? Considere duas possibilidades para ver qual cabe melhor no contexto:
(1) Enquanto foi tecnicamente errado comer os pães do templo, Davi, seus homens e os sacerdotes não pecaram porque agiram de um modo misericordioso, salvando as vidas dos homens.
(2) Davi e seus homens pecaram enquanto os discípulos de Jesus não pecaram. Mas, os mesmos fariseus que defenderiam Davi como grande servo de Deus condenaram os discípulos de Jesus!
Eu acho a segunda explicação mais forte, por causa destes quatro motivos: (a) Jesus mesmo disse que o ato de Davi não era lícito (versículo 4); (b) Ele afirmou que os discípulos eram inocentes (versículo 7); (c) Jesus não considerou fome motivo para fazer coisas erradas (Mateus 4:2-4); (d) Ele ensinou a obediência completa aos mandamentos de Deus (Mateus 5:19).
**Obs.: Jesus é senhor do sábado. Alguns usam este versículo para defender a prática de guardar o sábado hoje em dia. Mas, no contexto, o ponto é outro. É uma afirmação da autoridade de Jesus. Ele é maior do que o templo e maior do que o sábado. Ele, sendo Deus, era a fonte das leis de Deus. Qualquer dúvida sobre a lei deveria ser resolvida por ele, e não pelos fariseus.
12:9-14
Uma vez que Jesus se declarou "senhor do sábado", os fariseus não demoraram em prová-lo. Quando foi apresentado no sábado um homem com uma mão defeituosa, eles perguntaram: "É lícito curar no sábado?"
Jesus respondeu com uma ilustração simples: Qualquer um tiraria uma ovelha de uma cova no sábado, e o homem vale mais do que a ovelha.
Jesus curou o homem, aparentemente sem "fazer" nada. Ninguém considera pecado falar no sábado, e os fariseus saíram frustrados. Eles não venceram pela palavra, então procuraram oportunidade de vencer pela violência.
12:15-21
Jesus não enfrentou seus inimigos. Ele não temia a morte, mas sabia que ainda não havia chegado a hora certa.
Deus escolheu Jesus, e ele se mostrou misericordioso, olhando para os frágeis e rejeitados.
**Obs.: Reflita no ponto de vista do Pai quando ele considerou o trabalho do Filho. Jesus era: (1) servo, (2) escolhido, (3) amado pelo Pai e (4) foi lhe agradável.
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Mateus 12:22-50
12:22-32
Quando Jesus expulsou o demônio de um homem possesso, os fariseus alegaram que ele havia feito esse milagre pelo poder do diabo.
Jesus respondeu com estes argumentos:
(1) Um reino dividido não sobrevive: Será que o diabo estava se destruindo?
(2) A crítica deles atingia não apenas Jesus, mas os filhos deles que expulsavam (ou alegavam expulsar) demônios.
(3) Era necessário arramar o valente (Satanás) para roubar os bens dele (livrar as pessoas do domínio do diabo).
Em contraste com as alegações falsas dos fariseus, Jesus ofereceu algumas conclusões corretas:
(a) A expulsão dos demônios foi evidência nítida que o reino de Deus estava para chegar.
(b) Os homens ou apóiam ou se opõem a Jesus: não há meio termo.
(c) A blasfêmia contra o Espírito Santo é um pecado imperdoável.
**Obs.: O trabalho principal do Espírito Santo foi a revelação e a confirmação da palavra de Deus. Ele revelou o evangelho e o confirmou com sinais e prodígios. Esta palavra é o meio escolhido por Deus para perdoar e salvar (Romanos 1:16). Alguém poderia falar contra Cristo e, depois, ser convencido pelos sinais e pela palavra dele e se arrepender. Tal pessoa seria perdoada. Mas, a pessoa que se endurece contra Deus, absoluta e finalmente rejeitando a palavra que o Espírito Santo, não teria possibilidade de ser salva. A blasfêmia contra o Espírito Santo é uma atitude irreversível de rejeição da revelação de Deus. Se recusar durante a vida toda a palavra que o Espírito revelou, não tem promessa nem esperança de ainda outro Consolador.
12:33-37
A pessoa é julgada pelos frutos que ela produz.
Os fariseus eram maldizentes porque os corações estavam cheios de maldade.
As próprias palavras justificam ou condenam a pessoa.
12:38-42
Alguns escribas e fariseus, talvez querendo justificar sua lerdeza em acreditar, pediram mais um sinal.
Jesus ofereceu um só: o sinal de Jonas. A ressurreição dele seria evidência suficiente para levar qualquer pessoa honesta à verdade sobre o Cristo.
12:43-45
Jesus advertiu as pessoas sobre o perigo de perder a sua salvação, deixando o diabo tomar posse delas de novo.
12:46-50
A família de Jesus chegou e Jesus foi avisado. Ao invés de parar o seu trabalho para atender a sua família, Jesus enfatizou a importância de ser família espiritual, fazendo a vontade do Pai.
**Obs.: A Bíblia fala aqui, e em outros lugares, sobre a mãe e os irmãos de Jesus. Destas passagens aprendemos que Maria teve outros filhos depois do nascimento de Jesus, provando que a doutrina católica que ela era virgem perpétua não tem apoio bíblico. Se ele tivesse recusado manter relações conjugais com José, assim ficando virgem durante a vida toda, teria pecado contra ele e contra Deus (compare o ensinamento sobre a importância e a pureza das relações sexuais entre marido e esposa, 1 Coríntios 7:3-5; Hebreus 13:4).
**Obs.: Podemos estranhar com o tratamento que Jesus deu a sua família aqui, mas alguns comentários em outros relatos ajudam. Marcos 3:21 mostra o motivo que os parentes foram até Jesus: queriam o prender, achando que ele havia enlouquecido. Os próprios irmãos de Jesus, até então, não acreditavam nele (veja João 7:5). Lucas 8:19 acrescenta outro fato: eles não conseguiram chegar perto por causa da multidão, e Jesus deu importância as pessoas que estavam buscando a palavra dele.
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Mateus 13

**Obs.: O estudo de hoje é sobre uma das parábolas mais importantes que Jesus falou. A parábola do semeador ensina muito sobre o poder do evangelho e sobre as atitudes diferentes dos ouvintes.
13:1-9
O semeador saiu para semear. Na época, eles semearam lançando sementes e as deixando cair. Assim, algumas caíram em lugares bons e férteis, e outras em lugares duros ou secos.
A semente caiu em quatro tipos diferentes de solo:
(1) À beira do caminho: as aves comeram a semente.
(2) Rochoso: nasceu, mas foi queimada pelo sol.
(3) Espinhoso: nasceu, mas foi sufocada pelos espinhos.
(4) Bom: cresceu e deu fruto.
13:10-17
Jesus explicou seus motivos por usar parábolas no seu ensinamento.
Algumas pessoas não entendem as parábolas, pois seus corações são duros e os olhos fechados.
Mas os discípulos de Jesus entendem suas mensagens.
13:18-23
Jesus explicou a parábola do semeador, ilustrando o ponto ensinado nos versículos 10-17. A diferença não está na semente e sim nos solos.
O solo à beira do caminho representa as pessoas que não aceitam a palavra. O evangelho não entra no coração.
O solo rochoso representa as pessoas que aceitam a palavra com alegria, mas que não desenvolvem raízes. Quando vêm perseguições e problemas, a pessoas desiste.
O solo espinhoso representa pessoas que ouvem a palavra mas que deixam seu interesse em coisas espirituais ser sufocado pelas preocupações desta vida.
O solo bom representa os corações bons que aceitam a palavra e produzem frutos na sua própria vida.
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O Semeador, a Semente e os Solos
Jesus teve irmãos?

Mateus 13:24-58
13:24-30
A parábola do joio.
Um homem plantou boa semente no seu campo, mas seu inimigo semeou joio no meio do trigo. O trigo e o joio cresceram juntos.
Os servos pensaram em arrancar o joio, mas o dono do campo não permitiu. Ele falou que deixassem o trigo e o joio juntos até à colheita, quando seriam separados.
**Obs.: Jesus mesmo dará o sentido desta parábola em 13:36-43. Vamos aguardar a palavra dele para entender a mensagem.
13:31-32
A parábola do grão de mostarda.
O reino dos céus é comparado ao crescimento impressionante de mostarda. Um grão pequeno, uma vez plantado, produz uma planta grande.
13:33
A parábola do fermento.
O reino se espalha como fermento em farinha.
**Obs.: Fermento, normalmente, representa pecado e impureza (Levítico 2:11; Mateus 16:12; 1 Coríntios 5:6-8; etc.). Mas nesta pequena parábola, ele não tem tal significado. Jesus emprega a figura do fermento para ensinar uma coisa só: que o reino dele se espalharia.
13:34-35
Jesus usou parábolas como um meio de comunicação para revelar coisas outrora ocultas.
13:36-43
Os discípulos pediram que Jesus explicasse a parábola do joio.
O homem que semeou o trigo é Jesus.
O campo é o mundo. A boa semente representa os servos de Deus e o joio os servos do diabo.
**Obs.: O versículo 38 é importantíssimo para entender esta parábola. Muitas pessoas usam esta parábola para defender a tolerância do pecado na igreja, hoje, dizendo que só Jesus, no julgamento final, separará o trigo do joio. Mas, este versículo mostra que ele está falando sobre o mundo, e não apenas a igreja. No mundo, convivemos com pecadores (veja Mateus 9:10-13; João 17:14-19; 1 Coríntios 5:9-10). Mas, as pessoas que insistem em viver no pecado sem se arrepender devem ser expulsas do meio dos cristãos (1 Coríntios 5:1-13; 2 Tessalonicenses 3:6-15; Mateus 18:15-17). A parábola do joio não ensina a tolerância do pecado na igreja.
Jesus explica que, no julgamento final, haverá separação eterna entre trigo e joio.
13:44-46
Nestas duas parábolas, Jesus fala sobre o grande valor do reino dele. Devemos sacrificar tudo para receber o tesouro que Deus nos oferece.
13:47-50
A parábola da rede, semelhante à do joio, mostra que haverá um julgamento e separação entre os servos de Deus e os pecadores.
13:51-58
O ensinamento de Jesus era diferente e, por esse motivo, chamou atenção em todos os lugares que ele visitou.
Mas, na própria região onde ele foi criado, as pessoas tropeçaram e rejeitaram o Filho de Deus que estava no meio delas.

Mateus 14

**Obs.: Nosso estudo seguirá o relato de Mateus. Porém, um estudo deste capítulo junto com os paralelos nos outros evangelhos é extremamente rico. Ajuntando as informações, percebemos que Jesus se encontrou numa situação cheia de pressão. Os apóstolos voltaram de sua missão; as multidões os seguiram; muitas pessoas queriam conhecer Jesus; chegou a notícia da morte de João Batista; a popularidade de Jesus estava aumentando cada vez mais. A lição importante aqui está na maneira que Jesus lidou com esta situação complicada. Ele conseguiu manter a calma, e procurou aproximar mais do Pai.
14:1-12
Herodes ouviu sobre Jesus e achou que ele era João Batista ressuscitado.
Mateus insere aqui o relato da morte de João.
João foi morto por causa de Herodias. Ela tinha divorciado seu marido (Filipe) e casado com o irmão dele (Herodes Antipas, o qual reinou até 39 d.C., o mesmo que estava em Jerusalém quando Jesus foi condenado à morte).
João ensinou a verdade sobre esse casamento ilícito: "Não te é lícito possuí-la".
**Obs.: Marcos 6:17 claramente afirma que Herodes e Herodias eram casados. Este exemplo esclarece alguns pontos importantes: (1) O fato que o governo ou a sociedade aceitam um casamento não quer dizer que seja lícito perante o Senhor. A própria Bíblia diz que eram casados, mas Deus não autorizou tal casamento. (2) Herodes estava pecando enquanto ele continuava possuindo Herodias. Em casos de casamentos adúlteros, a única maneira de mostrar frutos de arrependimento é separar-se do cônjuge ilícito. A palavra de Deus não autoriza pessoas a continuarem em adultério. (3) A vontade de Deus sobre o casamento aplica a todos os homens: judeus, gentios, cristãos e descrentes. Herodes e Herodias não faziam parte do reino de Cristo, mas João condenou o casamento deles.
Herodias aproveitou uma oportunidade para pedir a morte de João. A filha dela dançou na festa do aniversário de Herodes de uma maneira que agradou a ele e aos convidados. Ele ofereceu para ela qualquer coisa, até a metade do reino dele. Ela consultou a mãe e pediu a cabeça de João Batista num prato.
**Obs.: O diabo teve uma festa naquele dia. Uma festa mundana (provavelmente com uma abundância de bebidas alcoólicas), a sensualidade da dança, a falta de domínio próprio do rei, a promessa precipitada dele, o ódio de Herodias. Todos os fatores cooperaram para conduzir um homem inocente, fiel e corajoso à morte.
Os discípulos de João sepultaram o corpo e levaram a notícia a Jesus.
14:13-21
Jesus se retirou para um lugar deserto, mas a multidão foi atrás.
Ele teve compaixão e curou os enfermos.
Ficou tarde, e os apóstolos começaram a se preocupar com a fome dos ouvintes.
Jesus pediu que os apóstolos dessem comida para eles, mas eles falaram que não tinham comida suficiente.
**Obs: Os apóstolos acabaram de chegar (Marcos 6:30) do trabalho de ensinar, curar, ressuscitar mortos, expulsar demônios, etc. (Mateus 10:8). Mesmo tendo poder para realizar milagres, eles não se acharam capazes de dar comida para a multidão.
Jesus multiplicou os pães e peixes para alimentar 5.000 homens, mais mulheres e crianças.
14:22-33
Jesus subiu num monte sozinho para orar, e mandou os apóstolos na frente no barco.
Entre as 3:00 e as 6:00 horas da madrugada, Jesus desceu do monte e andou por sobre o mar para chegar ao barco.
Os apóstolos levaram um susto. Depois, Pedro desceu do barco para andar até Jesus. Ele ficou com medo e pediu que Jesus o salvasse. Jesus o repreendeu por sua falta de fé.
Os apóstolos, impressionados com o milagre de Jesus, o adoraram.
14:34-36
Depois de chegar em Genesaré, Jesus curou vários enfermos.
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Mateus 15

**Obs.: O trabalho de Jesus chamou atenção de líderes do governo e de líderes religiosos. No capítulo 14, Herodes ficou até assustado por causa das notícias que recebia sobre Jesus, e se esforçava por vê-lo (Lucas 9:9). No capítulo 15, alguns fariseus e escribas de Jerusalém foram até o norte do país para questionar Jesus.
15:1-20
Os fariseus e escribas de Jerusalém perguntaram sobre o comportamento dos discípulos de Jesus, de comer sem cumprir as tradições religiosas de lavar as mãos.
Jesus, na sua resposta, foi diretamente ao ponto de conflito entre tradições humanas e a lei divina. Ele usou como exemplo o mandamento sobre honrar aos pais, e mostrou que as tradições deles tinham o efeito de invalidar o mandamento de Deus.
Ele acrescentou mais alguns pontos importantes:
(1) Aos fariseus: aplicou a crítica feita por Isaías (29:13) aos religiosos da época dele.
(2) Ao povo: não é o que entra pela boca, mas o que sai dela que contamina o homem.
(3) Aos discípulos: Deus arrancará as plantas que ele não plantou; por isso, não sigam guias cegos.
**Obs.: Não o que entra, mas o que sai. Neste discurso, Jesus frisou duas coisas importantes. (a) Devemos ter muito mais preocupação com as coisas que guardamos no coração e que saem pela boca do que com as coisas que entram pela boca. (b) Jesus já estava preparando os seus discípulos para entender que as leis sobre alimentos puros e imundos não durariam para sempre (veja Marcos 7:19; Atos 10:9-16; Colossenses 2:16).
15:21-28
Uma mulher cananéia veio e insistiu que Jesus expulsasse um demônio de sua filha.
Observamos aqui alguns fatos interessantes:
(1) Jesus explicou sua missão durante seu ministério terrestre: ir aos perdidos de Israel (compare Romanos 1:16).
(2) Jesus não recusou a adoração da mulher. Ele é Deus, tanto dos judeus como dos gentios.
(3) Ele elogiou a grande fé da mulher.
15:29-39
Jesus curou muitas pessoas num monte na Galiléia.
Depois de três dias, ele pediu que os apóstolos dessem comida para a multidão. Eles não acharam possível fazer o que ele pediu.
**Obs.: Ainda não aprenderam, mesmo depois de ver Jesus alimentar os 5.000 (14:13-21).
Jesus realizou mais um milagre, multiplicando pães e peixes para alimentar 4.000 homens, além das mulheres e crianças.

Mateus 16

A divergência nas opiniões sobre Jesus já vem crescendo por um bom tempo. Neste capítulo, podemos ver que pessoas estão tomando decisões, algumas a favor de Jesus e outras contra.
16:1-4
Os fariseus e saduceus pediram um sinal para provar a divindade de Jesus.
Ele disse que já havia mostrado sinais, mas que eles os recusavam.
Daria apenas mais um sinal para eles: o sinal de Jonas (ou seja, a ressurreição de Jesus, veja 12:38-40).
16:5-12
Jesus avisou os discípulos sobre o perigo da doutrina dos fariseus e saduceus.
Os apóstolos, ainda um pouco lerdos, não entendiam a figura que Jesus usou.
O fermento representa aqui, como em várias outras passagens, alguma coisa impura ou pecaminosa.
16:13-20
Jesus perguntou para os apóstolos sobre as diversas opiniões em relação à pessoa dele.
Neste contexto, Pedro fez uma grande confissão, e foi elogiado por Jesus.
Jesus prometeu edificar sua igreja sobre a pedra confessada: o fato que ele é o Filho de Deus.
**Obs.: A pedra aqui não é Pedro, mas o fato importante que ele confessou. Jesus é o único fundamento da igreja (1 Coríntios 3:11). É interessante notar que a palavra grega traduzida aqui como "pedra" é usada no Novo Testamento para representar uma pessoa em outras passagens, sempre falando sobre Cristo (Romanos 9:33–rocha de escândalo; 1 Coríntios 10:4–pedra espiritual; 1 Pedro 2:8–rocha de ofensa).
Jesus prometeu dar para Pedro as chaves do reino. Ele teria o privilégio de "abrir as portas" pela pregação do evangelho.
16:21-23
Mas, nem Pedro estava preparado para as coisas mais pesadas que Jesus tinha para falar. Quando Jesus falou sobre a morte, Pedro tropeçou. Repreendeu o próprio Senhor, dizendo que isso nunca aconteceria com ele.
**Obs.: Há um contraste interessante entre 16:17 e 16:23 que define a luta na vida de Pedro e nas nossas vidas. Quando seguimos a revelação de Deus, somos elogiados por Jesus. Mas, quando cogitamos das coisas dos homens, somos repreendidos.
16:24-28
Para ser discípulo de Jesus, é necessário:
(1) Negar si mesmo.
(2) Tomar a própria cruz.
(3) Seguir a Jesus.

Mateus 17

Os apóstolos tinham chegado a um momento crítico. O povo estava confuso sobre Jesus. Pedro confessou a sua fé, mas ainda não entendeu o plano de Deus em relação a Jesus. Jesus não falou apenas de sua própria cruz, mas também das cruzes que os seguidores dele teriam que tomar. Para suportar este ensinamento radical e exigente, os apóstolos teriam que confiar plenamente em Jesus.
Montanhas eram, às vezes, lugares de encontro com Deus. Moisés teve vários encontros com Deus em montanhas. Elias, também, chegou na presença de Deus numa montanha. Jesus subia nos montes para orar. Agora, três dos apóstolos terão uma experiência inesquecível numa montanha.
17:1-8
Jesus levou Pedro, Tiago e João a um monte, e a aparência dele brilhou como o sol.
**Obs.: Jesus veio para mostrar a glória do Pai (João 1:1-14). Ele resplandecia nos seus atos e no seu ensinamento. Mas, nesta ocasião, é como ele tivesse tirado um véu para mostrar visivelmente a sua glória. Foi um momento marcante na vida dos apóstolos que presenciaram a transfiguração (veja João 1:14; 2 Pedro 1:16-18).
Moisés e Elias apareceram e falaram com Jesus.
Pedro sugeriu que fizessem três tabernáculos para honrar Jesus, Moisés e Elias.
Uma nuvem apareceu e uma voz disse: "Este é o meu filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi."
Moisés e Elias sumiram. Ficou somente Jesus na frente dos discípulos.
**Obs.: Imagine estes três discípulos, judeus, na presença de Moisés (o libertador do povo) e Elias (um dos maiores profetas do Velho Testamento). Seria natural querer honrá-los. Mas, Deus queria ensinar uma lição importantíssima. Moisés era um grande servo. Elias, também. Mas, é Jesus e sua palavra que devemos respeitar acima de tudo. Nós não devemos fazer tabernáculos para honrar nenhum outro servo de Deus, não importa quem seja. Toda a glória pertence a Cristo.
17:9-13
Jesus mandou que não contassem esta visão até depois da ressurreição dele.
Naturalmente, a aparição de Elias provocou a curiosidade deles, e perguntaram sobre as profecias sobre a vinda de Elias para preparar o caminho do Cristo (veja Malaquias 4:5-6).
Jesus explicou que a profecia foi cumprida em João Batista.
**Obs.: Não há nenhuma sugestão de reencarnação aqui. João Batista cumpriu as profecias sobre Elias no mesmo sentido que Jesus cumpriu profecias sobre Davi (veja Ezequiel 34:23-24; 37:24). João teve um jeito semelhante ao de Elias, e lembrou o povo do antigo profeta.
17:14-21
Jesus expulsou um demônio de um menino, depois de repreender os discípulos pela falta de fé deles em não poder realizar o milagre.
**Obs.: A falta de fé era dos discípulos, não da pessoa que pediu a cura, nem da pessoa aflita. Muitas pessoas hoje que alegam realizar milagres colocam a culpa na outra pessoa quando não conseguem curá-la.
**Obs. O comentário entre colchetes no versículo 21 (sugerindo uma dúvida nos manuscritos) se encontra em Marcos 9:29. Evidentemente, alguns demônios eram mais difíceis do que outros, e Jesus falou da necessidade de buscar Deus por oração e jejum.
**Obs.: Somos melhores do que os apóstolos? Quantas vezes ficamos desesperados por causa de problemas que não conseguimos resolver, mas ainda não buscamos Deus com todo o coração?
17:22-23
Jesus está prestes para sair da Galiléia, rumo a Jerusalém (veja 19:1). Ele continua preparando os apóstolos, predizendo outra vez sua morte e ressurreição.
17:24-27
**Obs.: Este trecho é mais um argumento implícito para mostrar a divindade de Jesus. Preste atenção!
Alguns homens estavam cobrando o imposto de duas dracmas.
**Obs.: Segundo citações em Êxodo 30:13; 28:26 e Neemias 10:32, já houve o costume de cobrar impostos dos homens judeus para o templo. Segundo informações históricas, este imposto foi pago na Páscoa em Jerusalém, ou um mês antes nas outras regiões da Palestina. Esta conversa, provavelmente aconteceu um mês antes da Páscoa.
Pedro respondeu à pergunta dos cobradores, dizendo que Jesus pagava o imposto.
Quando Pedro chegou em casa, Jesus perguntou: "De quem cobram os reis da terra impostos ou tributo: dos seus filhos ou dos estranhos?"
A resposta de Pedro (dos estranhos) e a conclusão de Jesus (os filhos são isentos, mas pagarei o imposto para evitar escândalo), esclarecem dois pontos importantes para nós:
(1) O templo era a casa de Deus. Jesus, como Filho de Deus, tinha direito a isenção do imposto.
(2) Jesus não usufruiu desse direito, achando melhor pagar o imposto do que causa escândalo.
**Obs.: Muitas vezes, faríamos bem abrindo mão de algum "direito" para evitar ofensas.

Mateus 18

18:1-5
Os discípulos perguntaram para Jesus: "Quem é, porém, o maior no reino dos céus?"
Jesus usou uma criança como exemplo de humildade, e disse que os humildes são os maiores no reino.
18:6-9
Ainda usando o exemplo de crianças, Jesus adverte sobre os tropeços.
Quem causar um pequenino tropeçar será julgado severamente.
É melhor fazer um sacrifício difícil e radical (cortar mão ou pé ou arrancar olho) do que perder a vida eterna.
**Obs.: Mesmo os apóstolos, os quais freqüentemente tiveram problemas em entender a língua figurada de Jesus, não interpretaram esses versículos de uma maneira literal. Não encontramos nenhum registro no Novo Testamento de alguém que cortou a mão ou arrancou o olho. Mas, achamos muitos casos de pessoas que tomaram decisões radicais e fizeram grandes sacrifícios para servir ao Senhor. É isso que Jesus está ensinando.
18:10-14
Aqui, Jesus faz um comentario curioso para mostrar como os pequeninos são importantes para Deus. Anjos que têm acesso constante a Deus cuidam das crianças.
**Obs.: Nenhum homem jamais viu o rosto de Deus Pai (João 1:18). Mas, aqui, Jesus afirma que anjos têm o visto. O ponto é que alguém muito maior do que os homens está cuidando dos pequeninos.
**Obs.: A Bíblia não elabora nenhuma doutrina bem definida sobre anjos de guarda. Aqui, e em alguns outros trechos, dá a impressão que os anjos têm um papel especial de cuidar das pessoas. Não devemos especular sobre tais assuntos, mas podemos ser confortados pelo conhecimento do cuidado que Deus tem para conosco.
Da mesma forma que um pastor procura a ovelha perdida, Deus se preocupa com o povo dele.
18:15-20
Este trecho trata de problemas que surgem entre dois irmãos.
Se alguém pecar contra outro, o ofendido deve procurar o outro e repreendê-lo. Se ele aceitar a correção, o assunto morre ali.
Se o pecador não aceitar a correção, o ofendido deve voltar com mais um ou dois irmãos. Se o pecador se arrepender, o assunto já será resolvido.
Se ele ainda não atender às palavras do irmão, o assunto deve ser levado à igreja, e ela tentará corrigi-lo. Se ele aceitar a admoestação da igreja, o problema será solucionado.
Se ele rejeitar a correção da igreja, será expulso.
Quando um assunto é resolvido entre duas ou três pessoas, Deus é testemunha.
18:21-35
Pedro, mostrando uma generosidade excepcional, perguntou sobre o perdão: Quantas vezes devo perdoar meu irmão? Sete?
Jesus respondeu: Não sete, mas até setenta vezes sete!
Jesus usou uma parábola para ensinar sobre o perdão.
Um servo foi perdoado uma dívida enorme, que nunca teria pago.
O mesmo servo achou uma pessoa que devia uma quantia pequena para ele, e o lançou no cárcere, exigindo o pagamento total da dívida.
Quando o senhor que havia perdoado a grande dívida ficou sabendo, ele prendeu o servo e mandou que fosse castigado até que pagasse a dívida toda.
**Obs.: Esta parábola é importantíssima. Leia de novo e medite sobre a aplicação dela na sua vida. Temos que aprender como perdoar outros do íntimo, ou seremos banidos da face de Deus para sempre!

Mateus 19

19:1-2
Jesus deixou a Galiléia pela última vez antes da crucificação. Ele foi para o lado oriente do rio Jordão, indo para o sul. As multidões o seguiram, e ele continuou as curando.
19:3-12
Os fariseus perguntaram sobre o divórcio, e Jesus citou o mandamento original dado por Deus: Um homem se une a uma mulher. Nada de divórcio no plano original.
Os fariseus perguntaram outra vez, citando a lei de Moisés, tentando justificar o divórcio por qualquer motivo.
**Obs.: A passagem citada na pergunta deles é Deuteronômio 24:1-4. Uma examinação cuidadosa daquele texto mostra que os primeiros três versículos explicam (não autorizam) a situação (a conjução condicional "se" aparece 6 vezes nos primeiros 3 versículos). A única ordem dada é a do versículo 4: que o primeiro marido que manda embora sua esposa, não pode tomá-la de novo depois de ela se casar com outro homem. Este trecho não autorizou o divórcio, nem o segundo casamento. Simplesmente proibiu, numa circunstância bem definida, que o primeiro marido casasse de novo com a mesma mulher.
Jesus afirmou que qualquer tolerância de divórcio sob a lei de Moisés não representava a intenção original de Deus: "não foi assim desde o princípio".
No versículo 9, Jesus dá a sua palavra sobre o assunto. Da mesma forma que ele introduziu os grandes princípios do reino em Mateus 5, ele começa aqui: "Eu, porém, vos digo".
A regra básica que ele colocou é a mesma que encontramos em Lucas 16:18 e Marcos 10:11-12: Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério, e aquele que casar com a repudiada comete adultério.
Mas, Jesus acrescentou uma exceção importante que não está relatada nos outros evangelhos: "não sendo por causa de relações sexuais ilícitas". Esta exceção aplica somente à primeira parte do versículo. O sentido é este: Quem repudiar a sua mulher por qualquer outro motivo e casar com outra, comete adultério, mas quem repudiar sua mulher por causa de relações sexuais ilícitas e casar com outra, não comete adultério.
**Obs.: Em nenhuma passagem encontramos a exceção dada à pessoa repudiada. A pessoa repudiada, independente de motivo, não tem autorização para casar de novo enquanto vive o primeiro conjuge (veja Romanos 7:2-3).
Os discípulos perceberam que o ensinamento de Jesus é rígido, e acharam melhor não casar!
Jesus sugeriu que há três tipos de eunucos:
(1) de nascença (algum defeito congênito)
(2) feitos por homens (como o caso de servos de rainhas que foram castrados, veja Atos 8:27)
(3) feitos por si mesmos por causa do reino dos céus (homens que aceitam o celibato por causa da vontade de Deus. Neste contexto, alguém que continua solteiro porque Deus não permite outro casamento)
19:13-15
Mais uma vez, Jesus aceitou as crianças e as usou como exemplo para mostrar a atitude que precisamos para entrar no reino dos céus.
19:16-22
Um jovem rico perguntou para Jesus, querendo saber como obter a vida eterna.
Ele afirmou que obedecia todos os mandamentos citadas, mas Jesus ainda exigiu mais. Jesus percebeu que as riquezas dele impediam a salvação (veja Colossenses 3:5–avareza é idoltaria), e falou que ele teria que abrir mão das suas posses.
O jovem se retirou triste.
**Obs.: O que você não venderia para ser salvo? Às vezes, nosso problema é outro. Talvez riquezas não são seu problema. Qualquer coisa que valorizamos mais do que a salvação acaba sendo nosso ídolo. Abra mão de qualquer ídolo que está entre você e Jesus!
19:23-30
Jesus, de novo, surpreendeu os apóstolos com seu ensinamento radical: os ricos dificilmente entrarão no reino dos céus. Como assim? Se as pessoas mais privilegiadas neste mundo não alcançarão o céu, qual chance têm os pobres? "Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível."
O sacrifício traz benefícios. Se deixar bens materiais e até família para servir a Jesus, ganhará uma família espiritual muito maior e a vida eterna. Vale a pena!

Mateus 20

20:1-16
Esta parábola ensina sobre a grande diferença entre a graça e o mérito.
Jesus começa com a palavra "porque", mostrando uma ligação entre esta parábola e o trecho anterior. O jovem rico tinha observado os mandamentos, mas ainda não estava preparado para entrar no reino. Os comentários de Jesus depois do encontro com o rico mostram que o reino dele não segue os padrões do mundo. Ele opera na base de graça, não na de mérito.
O dono da vinha contratou trabalhadores desde cedo de manhã, chamando mais às 9:00, às 12:00, às 15:00 e às 17:00 horas.
No fim do dia, ele pagou os trabalhadores, começando com os que trabalharam menos. Ele deu o mesmo valor (um denário, o valor normal de um dia de serviço) para todos. Os que trabalharam o dia todo reclamaram, porque não acharam justo o ato dele.
O dono defendeu sua generosidade com os últimos, dizendo que ele era "bom" e que os que reclamaram tinham olhos maus.
**Obs.: Podemos aprender muitas coisas aqui, até coisas que ajudam quando nos preocupamos demais com "justiça" e nossos supostos "direitos". Mas o ponto principal é sobre o reino dos céus. O dono da vinha é Deus. Ele não paga seus servos na base de mérito (nós todos merecemos a perdição). Ele nos recompensa pela bondade dele. Se alguém que trabalhou menos do que outros recebe a mesma recompensa, Deus deve ser louvado por sua bondade.
20:17-19
Esta é a terceira vez, no relato de Mateus, que Jesus predisse a sua morte (veja 16:21; 17:22-23). Esta vez ele acrescenta um detalhe até então desconhecido: ele seria crucificado.
20:20-23
A mulher de Zebedeu chegou, junto com seus filhos, Tiago e João, para pedir que Jesus desse para eles posições altas no reino dele.
Jesus perguntou se estavam preparados para beber o mesmo cálice que ele beberia. Responderam que sim.
Jesus disse que, de fato, beberiam o cálice, mas que Deus já tinha definido que tipo de pessoa teria as posições que eles pediram.
**Obs.: O cálice representa o sofrimento (26:39,42). Tiago seria o primeiro dos apóstolos mortos por causa de Cristo (Atos 12:1-2). João, na sua velhice, ainda passou por tribulações por causa do evangelho (Apocalipse 1:9).
20:24-28
Os outros apóstolos se indignaram contra Tiago e João. A resposta de Jesus mostra que o motivo desta reação foi a inveja deles. Todos queriam a mesma coisa que Tiago e João pediram.
De novo, Jesus explicou que o reino dele não seria igual aos reinos dos homens. Os maiores no reino dos céus é aquele que serve mais.
20:29-34
Jesus, passando por Jericó, curou dois cegos.
Jesus deixou a Galiléia pela última vez antes da crucificação. Ele foi para o lado oriente do rio Jordão, indo para o sul. As multidões o seguiram, e ele continuou as curando.
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Mateus 21

Chegamos à última semana do ministério de Jesus. Em menos de sete dias, ele será crucificado. Esta semana é de sumo importância em todos os relatos do evangelho, ocupando mais de 25% dos capítulos deles. Devemos prestar atenção às últimas palavras e aos últimos atos do Salvador.
21:1-11
A entrada de Jesus em Jerusalém mostrou uma mistura de realeza e humildade, enquanto ele cumpriu profecias do Velho Testamento.
Ele recebeu o louvor das multidões durante sua chegada à cidade.
21:12-17
Jesus expulsou os cambistas e vendedores do templo, porque usavam o templo de uma maneira errada.
**Obs.: Esta é a segunda vez que Jesus purificou o templo. A primeira aconteceu três anos antes (João 2:13-22).
**Obs.: Jesus entendeu que o templo foi dedicado ao serviço do Senhor, e reprovou os homens que o usaram para outras finalidades. Hoje, quando dedicamos alguma coisa ao serviço exclusivo do Senhor, não devemos a profanar (fazer comum). Pense nas aplicações deste princípio em relação à oferta ou às coisas compradas com o dinheiro da oferta. Se o dinheiro foi dedicado ao trabalho do Senhor, devemos usá-lo exclusivamente no serviço do Senhor.
21:18-22
Voltando de Betânia para Jerusalém, Jesus amaldiçoou uma figueira que não tinha fruto.
**Obs.: Esta árvore já tinha folhas, e o fruto nasce na figueira antes ou junto às folhas. Um figueira com folhas e sem figos não produz figos naquele ano.
**Obs.: O que aprendemos deste milagre? (1) O poder da fé, a lição que Jesus ensinou aos apóstolos. (2) Um exemplo do julgamento de Deus sobre o povo de Israel. Jerusalém já tinha folhas, mas não estava produzindo fruto. Seria amaldiçoada por Jesus.
21:23-27
Quando Jesus chegou ao templo, os líderes o encontrou e perguntaram sobre a autoridade que ele tinha para estar fazendo coisas no templo.
Jesus citou o batismo de João e perguntou se veio do céu ou dos homens.
Eles discutiram entre si e decidiram não responder. Jesus recusou responder à pergunta que eles fizeram.
**Obs.: Que ironia! Estes homens se achavam capazes de administrar as coisas sagradas de Deus, mas eram incapazes de identificar a origem de uma doutrina bem conhecida entre o povo!
**Obs.: "Do céu ou dos homens?" Um boa pergunta. Faríamos bem fazendo a mesma pergunta sobre as nossas práticas hoje. Se uma coisa veio de Deus, devemos fazer como ele ordenou. Mas, se é dos homens, não faz parte do nosso serviço ao Senhor. Infelizmente, muitas pessoas hoje são mais preocupadas em agradar aos homens do que em fazer a vontade do Pai.
21:28-32
Jesus falou que os pecadores do mundo que arrependem entrarão no reino dele antes dos líderes religiosos. Na sua arrogância, rejeitaram o Salvador.
21:33-46
Numa de suas parábolas mais ofensivas, Jesus comparou os líderes dos judeus aos lavradores maus que expancaram e mataram os servos do dono da vinha, e, afinal de todos, mataram o próprio filho dele. O resultado seria a ira do dono da vinha, destruindo os lavradores maus.
Ele explicou que eles, como construtores, haviam rejeitado a pedra principal escolhida por Deus.
**Obs.: A pedra angular era usada como a pedra principal da construção. O construtor escolheria cuidadosamente uma pedra perfeita, pois os ângulos do edifício seria medido dela. Se a corte da pedra não foi perfeita, o prédio não seria reta. Deus mandou uma pedra perfeita para fazer o edifício dele, e os líderes religiosos a rejeitaram

Mateus 22

22:1-14
A parábola das bodas mostrou a atitude dos religiosos da época de Jesus. Foram convidados à festa, mas desprezaram o rei e não foram. Alguns até maltrataram os servos do rei.
O rei mandou convidar pessoas mais humildes, representando os publicanos e pecadores (veja 21:32). Estas pessoas aceitaram o convite.
Mesmo assim, o rei encontrou uma pessoa na festa usando trajes inadequadas. Quando o homem não tinha como se defender, o rei mandou que ele fosse castigado.
**Obs.: Esta parábola oferece várias lições importantes. Duas merecem destaque especial: (1) Aos religiosos, Jesus ensinou que aquele que despreza o convite do rei será deixado fora do reino dele. (2) Aos mais humildes, Jesus mostrou a importância de entrar e ficar no reino nos termos que agradam ao rei. Compare Romanos 11:11-24.
22:15-22
Os fariseus se ajuntaram aos herodianos para preparar uma armadilha para Jesus. Inventaram uma pergunta na qual qualquer resposta ofenderia alguém.
A pergunta deles: É lícito pagar impostos ao governo romano?
A resposta de Jesus: A moeda tem a imagem de César, então pode dar para ele o que é dele, e para Deus o que é de Deus.
**Obs.: Além de ensinar um princípio importante que ajuda os cristãos a se portarem bem no mundo hoje, cumprindo as suas obrigações aos governos humanos, Jesus mostrou grande sabedoria em relação aos interrogadores. Ao invés de ofender uma seita para satisfazer a outra, ele respondeu a qualquer argumento que fariam antes de eles falarem.
25:23-33
Agora, é a vez dos saduceus, uma seita que negava a ressurreição de entre os mortos.
A pergunta deles: Eles inventaram um caso de uma viúva que casou, successivamente, com sete irmãos e, depois, morreu sem ter filhos. Na ressurreição, ela será esposa de qual deles?
A resposta de Jesus: Jesus respondeu a pergunta, e também respondeu à idéia errada atrás da pergunta. (1) Ela não será esposa de ninguém, porque o casamento continua somente nesta vida. (2) Quanto à ressurreição, eles erraram na ignorância, não percebendo que Deus falava dos mortos como pessoas ainda vivas.
**Obs.: A idéia dos mórmons, ou qualquer outro grupo que ensina que o casamento continua após a morte, não tem apoio bíblico. O casamento dura até a morte de um dos companheiros (Romanos 7:2).
**Obs.: Jesus fez um argumento aqui baseado no tempo de um verbo usado numa passagem bem antiga. Nós devemos ter o mesmo cuidado no estudo da palavra de Deus. As palavras têm sentido!
22:34-40
Um fariseu fez outra pergunta para Jesus: "Qual é o grande mandamento na lei?"
A resposta de Jesus: O primeiro mandamento é amar a Deus, e o segundo é amar ao próximo.
**Obs.: Talvez eles procurassem envolver Jesus nas disputas deles sobre os mandamentos mais importantes. Alguns deles enfatizavam muito o sábado. A resposta de Jesus foi sábia, e frisou o princípio fundamental de qualquer lei de Deus, o amor.
22:41-46
Esta vez, Jesus perguntou para os fariseus: O Cristo é filho de quem?
Eles responderam: De Davi.
Daí, Jesus pediu que eles explicassem por que Davi chamou o Cristo de "Senhor", pois é entendido que o pai é maior que o filho.
Ninguém lhe interrogou mais!

Mateus 23

Neste capítulo, Jesus deixa de ser atacado pelas seitas e ele mesmo critica os líderes religiosos judeus, especificamente os escribas e fariseus. Ao invés de ver a última semana como a semana que os judeus julgaram Jesus, devemos entender que foi a semana que Jesus avisou os judeus sobre o julgamento que viria. O capítulo 23 explica alguns dos motivos do juízo, e o capítulo 24 fala sobre o castigo em si.
23:1-12
Jesus falou aos seus discípulos e aos multidões, usando linguagem clara, sobre os problemas dos fariseus e escribas. Disse que eles ensinavam muitas coisas boas, mas que não praticavam as mesmas.
Jesus acusou esses líderes religiosos de praticar a sua religião para serem vistos e honrados por homens. Foi justamente contra tal atitude que Jesus tinha falado no sermão do monte (veja Mateus 6:1-18).
Jesus condenou a prática de usar títulos de honra (como Mestre, Pai e Guia) para engrandecer homens.
**Obs.: Esses mesmos termos são usados para descrever a função de algumas pessoas no reino de Deus (Efésios 4:11; Tiago 3:1; Hebreus 13:7,17,24), ou seu relacionamento espiritual com outros (1 Coríntios 4:14-15; 1 Timóteo 1:18). O problema não está nas palavras "mestre", "pai" e "guia", mas na idéia de exaltar alguns homens acima de outros, dando-lhes glória. O uso de qualquer descrição (mestre, pai, padre, pastor, bispo, evangelista, irmão, etc.) como título de honra e exaltação fere o princípio que Jesus ensinou.
Em contraste com a exaltação dos fariseus e escribas, Jesus ensinou o serviço humilde.
23:13-36
Numa série de advertências severas, Jesus criticou as atitudes dos líderes religiosos. Observe alguns pontos importantes:
Eles nem entravam no reino de Deus, nem deixavam outros entrarem.
Eles inventavam regrinhas para evitar o sentido da lei de Deus.
Enfatizavam as coisas pequenas, embora importantes (como dízimos de hortelã), e deixavam de praticar as coisas mais "pesadas" da vontade de Deus (justiça, misericórdia e fé).
**Obs.: De novo, Jesus emprega uma imagem engraçada. Imagine alguém coando uma bebida ou sopa para não deixar passar um mosquito (o menor dos animais imundos na lei de Moisés), enquanto engole um camelo (o maior dos animais imundos)!
**Obs.: Algumas pessoas usam o versículo 23 para exigir o dízimo hoje em dia. Temos que lembrar que Jesus viveu sob a lei de Moisés (Gálatas 4:4) e a respeitou. Ele, em diversas ocasiões, incentivou os judeus a serem fiéis em relação à lei: dando o dízimo (23:23), cumprindo as leis de purificação (8:4), pagando o imposto do templo (17:24-27), e guardando os dias especiais (26:19; João 2:13; 7:2,10), etc. Mas, o ensinamento dele preparou seus seguidores para entender que a lei de Moisés seria cumprida e removida (veja 5:17-20; Marcos 7:19; Gálatas 3:23-29).
Jesus censurou os escribas e fariseus por sua hipocrisia, fingindo ser fiéis a Deus quando eram, de fato, pessoas imundas.
Jesus deixou bem claro que o castigo deles viria naquela mesma geração.
23:37-39
Jesus condenou os líderes, mas se compadeceu dos seguidores, o povo de Jerusalém. Ele queria salvar todos, mas sabia que o povo o rejeitaria. Este lamento introduz o tema do capítulo 24, a profecia da destruição de Jerusalém.

Mateus 25

A primeira parte deste capítulo contém mais duas parábolas sobre a importância de estar preparados para o julgamento que Jesus trará. Na última parte, encontramos uma descrição do julgamento, e da separação eterna que ele fará entre as ovelhas e os cabritos.
25:1-13
A parábola das dez virgens.
As dez virgens saíram para encontrar o noivo e participar do casamento.
Cinco delas foram bem-preparadas, e levaram azeite para manter as lâmpadas acesas.
As outras cinco não levaram azeite, e as lâmapadas começaram a se apagar na hora que o noivo estava chegando.
As preparadas entraram nas bodas, mas as outras foram rejeitadas.
Devemos vigiar, pois Jesus pode voltar a qualquer hora. Somente os preparados entrarão no descanso eterno que ele oferece.
**Obs.: Nesta parábola, com em várias outras, há uma tendência da parte de muitos comentaristas e teólogos a dar significados especiais a cada elemento da parábola, a usando para ensinar muitas coisas que Jesus não falou. Ao invés de inventar uma simbologia especial nas coisas mínimas da parábola, devemos aprender a lição que Jesus ensinou através dela: "Vigiai, pois, porque não abeis o dia nem a hora."
25:14-30
A parábola dos talentos.
**Obs.: O talento equivale a 6.000 denários. O denário era o valor de um dia de serviço (20:2). Um talento, então, seria o equivalente a aproximadamente 20 anos de salário de um trabalhador. Nesta parábola, até o menor dos três servos recebeu um valor enorme.
O servo que recebeu 5 talentos investiu o dinheiro bem e ganhou mais 5.
Aquele que recebeu 2 talentos também fez bem, e ganhou mais 2.
O terceiro servo escondeu o único talento que recebeu, e não aplicou o dinheiro para ganhar nada para o dono.
Depois de muito tempo, o dono do dinheiro e senhor dos servos voltou.
Ele elogiou os primeiros dois servos e lhes deram cargos maiores.
O terceiro tentou explicar o motivo por não ter investido o dinheiro, mas o senhor dele não aceitou suas desculpas.
Ele tirou o talento deste servo e o deu àquele que já tinha 10.
O servo inútil foi lançado fora, para sofrer nas trevas.
**Obs.: A palavra "talento", depois da época de Jesus, passou a ter um sentido diferente. Entre as definições no Aurélio, encontramos estas palavras: Aptidão natural, ou habilidade adquirida; inteligência excepcional; engenho. Mas, talento nesta parábola é uma unidade de peso que representa um valor monetário. Na parábola, os servos já tinha capacidade (25:15), e receberam do senhor deles os talentos. Entendido assim, esse aspecto da parábola representa nossas responsabilidades (dadas por Deus de acordo com nossa capacidade). Devemos cuidar bem dos deveres e das oportunidades que Deus nos concede.
25:31-46
Jesus encerra este ensinamento com uma descrição do julgamento. Devemos observar vários pontos importantes:
Há um julgamento de todos, os bons e os maus (compare João 5:28-29, onde Jesus afirma que todos serão ressuscitados na mesma hora).
Há uma separação baseada nas coisas feitas durante a vida aqui (veja 2 Coríntios 5:10).
Jesus enfatiza nessa parábola a importância de atos de bondade e caridade (veja Tiago 2:14-17, onde a fé é ligada à caridade).
Quando fazemos algo para um dos pequenos servos de Jesus, estamos fazendo para ele.
Jesus ensinou, no mesmo versículo, que existe vida eterna e castigo eterno. Mesmo assim, existem falsos mestres hoje que ensinam a vida eterna e negam o castigo eterno. O próprio Jesus afirmou que existe o céu, e que existe o inferno.

Mateus 26

26:1-5
Jesus mostrou claramente que ele e seu Pai estavam controlando a seqüência dos eventos nos últimos dias da vida dele. Jesus até falou o dia da crucificação antes dos líderes judeus tomarem sua decisão sobre como prendê-lo.
Jesus disse que ele seria entregue no dia da Páscoa para ser crucificado.
Os líderes judeus se reuniram para decidir como matá-lo, mas acharam melhor esperar até depois da festa.
**Obs. A festa da Páscoa foi seguida por sete dias de pães asmos, por um total de oito dias de festa. Durante esses dias, Jerusalém se encheu de visitas de outros lugares.
26:6-13
Jesus estavam em Betânia (onde ele costumava ficar cada noite durante os últimos dias) na casa de Simão, o leproso, quando uma mulher o ungiu com bálsamo.
Os discípulos criticaram o ato da mulher, dizendo que o dinheiro poderia ter sido usado para ajudar os pobres. João 12:4-6 mostra que esta crítica veio de Judas, porque ele furtava dinheiro da bolsa.
**Obs.: Segundo o relato de João 12:1-8, isso tinha acontecido alguns dias antes. Mateus e Marcos incluem este relato no contexto das preparações para a crucificação, pois Jesus falou que ela o ungiu para seu sepultamento.
**Obs.: João diz que foi Maria (irmã de Marta e Lázaro) que fez isso.
26:14-16
Judas Iscariotes fez um pacto com os líderes judeus para entregar Jesus.
26:17-19
Jesus mandou os discípulos a prepararem para celebrar a Páscoa.
26:20-25
Jesus reclinou à mesa com os doze apóstolos para comer a Páscoa.
Ele falou que um deles o trairia.
Eles ficaram tristes e começaram a perguntar: "Sou eu, Senhor"?
Ele identificou Judas como o traidor.
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Leia mais:
O Propósito Eterno de Deus

Mateus 26:26-46
26:26-30
Durante a Páscoa, Jesus instituiu a Ceia do Senhor, mostrando para os apóstolos como será feito depois, no reino dele.
**Obs.: Quando estudamos sobre a Ceia, é importante ajuntar as informações contidas em vários trechos do Novo Testamento. Por exemplo, temos quatro relatos desta Ceia, nos ensinando como fazer (Mateus 26:26-29; Marcos 14:22-25; Lucas 19:19-20; 1 Coríntios 11:23-26). Textos como 1 Coríntios 11:17-34 nos ensinam sobre as atitudes certas quando tomamos a Ceia. Atos 20:7 revela o dia que devemos tomá-la.
A Ceia é uma maneira simples de lembrar da morte de Jesus. Depois de uma oração agradecendo pelo pão (que representa o corpo de Jesus), todos participam do pão. Então, há mais uma oração agradecendo pelo cálice (fruto da videira representando o sangue de Jesus) e todos bebem do cálice. Devemos observar a Ceia de acordo com este exemplo de Jesus, pois nenhum homem tem autoridade para mudar o que Jesus fez.
Depois da Ceia, Jesus e os apóstolos cantaram um hino e foram até o monte das Oliveiras.
26:31-35
Jesus falou que ele seria tomado na mesma noite, e marcou um encontro com eles depois da ressurreição.
Pedro disse que ele nunca tropeçaria por causa de Jesus.
Jesus disse que, apesar das afirmações de Pedro, que este o negaria três vezes naquela noite.
Pedro e os outros apóstolos não acreditaram que fosse possível um deles negar a Jesus.
26:36-46
No jardim de Getsêmani, Jesus pediu que os apóstolos aguardassem enquanto ele foi orar. Ele levou Pedro, Tiago e João consigo.
As orações dessa noite mostram a angústia que Jesus sentiu enquanto tomava os últimos passos na sua missão. Ele não queria morrer, mas reconheceu a importância de fazer a vontade do Pai, e não a sua própria vontade.
Enquanto Jesus orava, os apóstolos dormiram.
**Obs.: Jesus sofreu sozinho. Ele tinha chegado à hora mais difícil da sua vida, e os melhores amigos dele no mundo falharam. Não entenderam seu sofrimento. Não dividiram sua tristeza. Não confortaram o Salvador sofredor. Não apoiaram a sua decisão de se submeter a vontade do Pai. Jesus enfrentou esta batalha sozinho.
**Obs.: Quando continuamos a leitura, veremos a diferença que esta oração fez. Jesus entrou no Getsêmani se sentindo fraco, precisando de conforto e ajuda. Ele enfrentou a maior tentação de sua vida com muita oração. Os apóstolos entraram no jardim se sentindo fortes. Nunca negariam a Jesus! Enquanto ele orava, eles dormiram. Como o "fraco" se tornou forte e os "fortes" se tornaram fracos. Vamos ver no próximo trecho a maneira que todos agiram quando os soldados e judeus chegaram com Judas Iscariotes!
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Leia mais:
Você Estava Lá? Os Personagens na Sombra da Cruz (A10 - Ainda não disponível na Internet)
"Senhor, Ensina-nos a Orar"

Mateus 26:47-75
26:47-56
Como observamos no último estudo, houve uma diferença entre Jesus e os apóstolos no Getsêmani. Estes dormiram enquanto aquele orou. Saindo do jardim, Jesus estava pronto para enfrentar o inimigo e prosseguir com determinação até ao fim da sua missão. Mas os discípulos, que não foram fortalecidos na oração, fracassaram na hora de tentação.
Quando Judas chegou para o trair, Jesus não resistiu e não perdeu controle da situação. Jesus agiu de livre vontade, dentro do plano eterno de Deus (veja João 10:17-18).
Um dos apóstolos (Pedro, João 18:10) puxou a espada e cortou a orelha do servo do sumo sacerdote. Jesus o repreendeu, mostrando que ele não se defenderia com violência. Aqui podemos ver o grande poder de Jesus. Tendo condições de chamar 72.000 anjos, ele se submeteu com mansidão aos homens, para cumprir a vontade do Pai e para salvar os pecadores.
Jesus mostrou a covardia dos judeus, pois optaram o prender com força à noite, ao invés de o fazer abertamente quando ele estava no templo.
26:57-68
Os líderes judeus (o Sinédrio) se reuniram na casa de Caifás, o sumo sacerdote.
Pedro seguiu de longe, querendo acompanhar os procedimentos.
O propósito deste "julgamento" não era de determinar a verdade. Eles se reuniram com a intenção de condenar Jesus à morte. Só que faltava motivo; para esse fim, procuraram testemunhas falsas.
A melhor acusação que conseguiram arrumar foi que ele havia falado: "Posso destruir o santuário de Deus e reedificá-lo em três dias". Jesus nem respondeu à acusação.
Então, o sumo sacerdote falou: "Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus".
Jesus falou "Tu o disseste", e acrescentou um comentário sobre a exaltação dele.
O sacerdote o acusou de blasfêmia, e ficou satisfeito que eles haviam encontrado motivo suficiente para matá-lo.
26:69-75
Como Jesus tinha profetizado, Pedro o negou três vezes naquela noite. Depois, ele saiu e chorou.
**Obs.: Qual a diferença entre Pedro e Judas. Este traiu e aquele negou. Os pecados são igualmente terríveis. A diferença vem depois. Pedro saiu e chorou, arrependido. Judas, como veremos no próximo estudo, saiu e fugiu da presença de Jesus.